Relatório da Liftoff em conjunto com a App Annie mostra que os consumidores gastaram 16,3 bilhões de horas a mais usando aplicativos de finanças ano após ano
A pandemia global de COVID-19 gerou um ano de intensa incerteza econômica, fazendo com que os usuários recorressem cada vez mais aos dispositivos móveis para ajudar a compreender sua situação financeira. Em meio à incerteza econômica, 2020 registrou 4,6 bilhões de novos downloads de aplicativos financeiros – um aumento de 15% ano a ano. A demanda por aplicativos financeiros aumentou em categorias como: investimentos, bancos, transferências de dinheiro e ajuda governamental.
Durante o mês de abril, os downloads tiveram um pico e aumentaram em todo o mundo, com paralisações generalizadas do comércio, houve ainda um segundo aumento no engajamento dos usuários no final do ano. O tempo gasto nesses aplicativos também aumentou drasticamente: 16,3 bilhões de horas a mais foram gastas em aplicativos financeiros em 2020, um aumento de 45% ano a ano.
Notavelmente, os usuários adotaram os aplicativos de fintech com muito engajamento, nos Estados Unidos e em outras regiões o desempenho de aplicativos classificados como fintech superam até mesmo os melhores aplicativos bancários por um fator de até 10,8x. Aplicativos de investimento e negociação como o Robinhood já estavam entre os aplicativos de finanças mais baixados em todo o mundo, visto que muitos consumidores começaram a realizar negociações de Day Trading na era COVID.
Diferenças geográficas
Essa tendência foi particularmente elevada nos Estados Unidos, os usuários de dispositivos móveis dos EUA gastaram 135% mais tempo nos cinco principais aplicativos de investimento e negociação em 2020 em comparação com 2019. Canadá e México estiveram um pouco atrás, com um aumento de 115% no tempo gasto, e a Coreia do Sul viu o maior aumento na região Ásia-Pacífico (APAC), com 120% de crescimento. Na verdade, esse interesse não era exclusivo de nenhuma região – o tempo global gasto nesses cinco principais aplicativos cresceu 55% ano a ano.
Na América do Sul, Brasil e Argentina mostraram o maior crescimento no número de downloads de aplicativos financeiros, com 75% e 90% respectivamente em comparação com 2019. Os brasileiros também se mostraram mais engajados com aplicativos financeiros em 2020, as horas de uso dentro destes aplicativos subiram aproximadamente 65% comparado com 2019, porém, diferente de outros países, bancos tradicionais ainda performam melhor do que Fintechs em solo brasileiro.
Outro grande destaque fica por conta do pagamento do Auxílio Emergencial, o benefício é solicitado e normalmente pago através de aplicativos criados pela Caixa Econômica Federal. Os aplicativos voltados ao benefício foram os mais baixados da categoria pelos brasileiros. A relação das Fintechs e PMEs está sendo estreitada, por ajudar nos resultados e gestão em meio à crise.
Mobile – O iOS tem sido historicamente uma escolha confiável para o mercado mobile, com altas receitas e taxas de retenção geralmente altas em todos os setores. Contudo na categoria de aplicativos financeiros, o Android parece ser a plataforma a ser batida, com seu desempenho em 2020 ofuscando o do iOS. O desempenho da plataforma na categoria de aplicativos financeiros superou o iOS em 2020, com um custo por instalação variando de 4,5 a surpreendentes 7x mais barato do que o iOS. Ao mesmo tempo, os usuários Android têm duas vezes mais chances de conversão. Com o fim do IDFA no horizonte e muitos profissionais de marketing considerando suas opções para gerar o máximo valor com seus esforços de marketing, o Android oferece aos aplicativos financeiros uma oportunidade valiosa.
O relatório analisou 57 bilhões de impressões de anúncios, 81 milhões de cliques, com aproximadamente 12 milhões de instalações de aplicativos e 20 milhões de eventos em 188 aplicativos durante todo o ano de 2020.
Por: Mundo do Marketing
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