Na maioria das famílias de classe média brasileira os pais ainda são, mecânicos, pedreiros, empregadas domésticas, cozinheiras. Os filhos, vendedores de lojas, operadores de telemarketing, recepcionistas. De modo geral, nessas famílias quem comanda tem uma escolaridade baixa. Porém, seus filhos já estão seguindo outro rumo. Segundo um levantamento da consultoria Data Popular, 68% dos jovens da Classe C estudaram mais que seus pais. Nas classes A e B esse percentual não passa de 10%.
Os dados revelam a importância que o estudo tem hoje na vida dos futuros chefes de família da classe que mais cresce no País. Hoje, o sonho de muitos desses jovens não é apenas o carro zero e o celular de última geração, o diploma de Ensino Superior e o MBA tornaram-se mais importantes do que qualquer outro produto disponível no mercado.
A classe C que o País conhece hoje começou a se configurar nos anos 90, quando o Brasil completou o acesso de crianças de 7 a 14 anos ao Ensino Básico. Depois, com o crescimento do financiamento Estudantil e, principalmente, a criação do Programa Universidade para Todos (ProUNi), o ensino superior colocou mais cadeiras nas salas de aula para uma parcela da população que estava excluída desse nível de escolaridade.
Hoje, 44% dos jovens que fazem curso superior pertecem à classe C. O gasto dessas famílias com material escolar e mensalidades movimenta cerca de R$ 15,7 bilhões por ano. Em 2002 não ultrapassava R$ 1,8 bilhão – um crescimento de oito vezes no período.
Um movimento que terá uma intensificação ainda maior para os próximos anos, onde a concorrência por um emprego melhor e por um salário mais alto será balizada pelo nível de escolaridade dos jovens que irão compor a “cara” da nova família brasileira: instruída, conectada e cada vez mais participativa na economia e no crescimento do Páis. Assim esperamos.
Fonte: Consumidor Moderno
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