Estudo revela o que as jovens brasileiras pensam sobre a beleza.
O Instituto QualiBest acaba de divulgar os resultados de um estudo que interessa particularmente a marcas e agências que lidem com o universo dos produtos e serviços de beleza. A pesquisa, conduzida com 1.327 participantes das classes A, B e C, de todas as regiões do País, envolveu 692 jovens entre 13 e 20 anos de idade e 635 mulheres da geração X, nascidas a partir de 1970. Mas o objetivo da participação destas últimas era justamente fazer o contraponto, para analisar as diferenças entre o que elas e a nova geração de brasileiras pensam sobre a beleza e a estética feminina.
Entre as conclusões do estudo, está o fato de que as também chamadas “nativas digitais” entendem que há diferentes padrões do que seja belo e feio, para elas, é o que pode vir do olhar do outro, como preconceito e insultos. Elas também não gostam de seguir padrões, preferem mudar roupas, estilo e cabelos e neste último caso, em particular, curtem experimentações para não enjoar de si mesmas: 49% adoram mechas e cabelos coloridos, 36% deixariam loiro; 25% delas já pintam os cabelos, na maioria dos casos (78%) para mudar e inovar o visual e, em menor proporção (22%) para radicalizar e romper padrões.
Também não querem se sentir presas a bandeiras: 91% acham que cada um deve arrumar o cabelo como se sentir bem, 8% acham que as mulheres de cabelo crespo devem assumi-lo porque é lindo e para 1% alisar o cabelo é importante para a mulher ser mais bem aceita na sociedade. Resumo: liberdade acima de tudo.
Enquanto 70% das mulheres da geração X ficariam tristes se alguém as achasse feias ou acima do peso, 53% da geração Z se sentiriam ofendidas. Outro fato que comprova a maior dependência das mulheres mais velhas à indústria da beleza é o fato de elas dedicarem mais dinheiro a esse tipo de cuidado (veja quadro abaixo). Apesar disso, não é pequeno o valor dedicado ao assunto pela geração Z, que começa a fazer experimentações bem mais cedo: 67% das entrevistadas fazem design de sobrancelha, tendo começado a fazer este procedimento aos 14 anos em média. Na geração X, a média foi aos 23 anos.
O comportamento mais precoce da geração Z também se repete para outros tipos de cuidado, como manicure, depilação e outros tratamentos para os cabelos – 28% das jovens da geração Z fazem escova progressiva e começaram, em média, aos 13 anos de idade, já na geração X, isso ocorreu aos 21 anos. Entre as que fazem progressiva, 46% declararam ter aderido ao procedimento por achar que combina com elas, contra 29% da geração X.
Segundo Daniela Chammas Daud Malouf, diretora do QualiBest, além de questionários quantitativos online, o estudo utilizou técnicas como abordagens por meio de blogs e diários digitais, netnografia no Facebook, vídeos, WhatsApp e análise semiótica.
Por: Meio & Mensagem
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