Estudo da Serasa Experian detalha perfil das mulheres do grupo Jovens Adultos da Periferia

Grupo corresponde a 18% das mulheres acima de 18 anos do país e é o mais representativo entre os 11 segmentos dominantes da sociedade; conheça os subgrupos que compõem este perfil.

poucos dias da comemoração do Dia Internacional da Mulher, que acontece no dia 08 de março, um estudo inédito da Serasa Experian revela um detalhado perfil das jovens mulheres que vivem nas periferias brasileiras. O levantamento aponta que a população feminina pertencente a este grupo (Jovens Adultas da Periferia) representa 18% do total de mulheres acima de 18 anos do país, o maior percentual entre os 11 grupos dominantes identificados pela segmentação Mosaic Brasil, e é dividida em seis subgrupos.

O subgrupo mais representativo é o chamado Seguindo a Vida na Periferia, que representa 21,42% das mulheres do grupo, seguido por Independência na Casa dos Pais (19,60%), Novas Moradoras da Comunidade (16,54%), No Coração da Periferia (15,13%), Trabalhadoras Vizinhas das Grandes Cidades (14,74%) e, por último, Juventude de Baixa Renda no Interior Urbano (12,57%). Veja, abaixo, as características de cada subgrupo identificado pelo estudo.

Segundo a segmentação Mosaic Brasil, as Jovens Adultas da Periferia, em sua maioria, estão na faixa entre 21 e 35 anos, são solteiras e de baixa escolaridade. Vivem com suas famílias em casas localizadas em bairros periféricos de capitais e regiões metropolitanas, por vezes sem acesso satisfatório a serviços de saneamento básico. As limitações no acesso à educação e na infraestrutura dos bairros onde moram torna mais difícil a rotina dessas jovens. Porém, viram a vida melhorar e acreditam em um futuro melhor.

Embora uma boa parte tenha acesso a emprego formal, a informalidade está muito presente, deixando a vida mais incerta. As transformações dos últimos anos proporcionaram melhora efetiva nas condições de vida de suas famílias, o que por vezes reforça neste grupo uma expectativa mais positiva em relação ao futuro pessoal e do país.

Como é dividido o grupo Jovens Adultas da Periferia:

1 – Seguindo a Vida na Periferia (21,42%):

Jovens adultas moradoras de grandes cidades, vivendo em zonas muito distantes dos centros. Vivem com suas famílias, em muitos casos, chefiadas por mulheres. Apesar de muitas possuírem escolaridade média, isso não significa que tenham garantia de boas ocupações; suas rendas são bem modestas. Sofrem com a falta de lazer público nos bairros em que vivem e acabam realizando a maioria das atividades dentro do espaço doméstico. Por isso, investem em televisores mais modernos, videogames e em pacotes de TV por assinatura.

2 – Independência na Casa dos Pais (19,60%):

São jovens solteiras que, apesar de ainda viverem com suas famílias estendidas, mantêm alguma independência econômica e conseguem se sustentar com seus próprios recursos. Assim, podem investir em bens de consumo como computadores e roupas, além de pensar em economizar para constituir uma família. Em geral, vivem em áreas periféricas das regiões metropolitanas. Poucas moram nas capitais. Possuem baixíssimo acesso a atividades culturais e, apesar da vida difícil, sonham com um futuro melhor e acreditam que o trabalho formal possa lhes trazer estabilidade

3 – Novas Moradoras da Comunidade (16,54%):

Ainda muito jovens, com menos de 30 anos, já moram sem a família em áreas extremamente periféricas, em geral comunidades foras das capitais. Muitos deles chegaram recentemente a essas áreas, sendo que parte vem do interior de estados mais pobres, buscando melhores oportunidades. O orçamento não tem “folga” e qualquer imprevisto pode provocar desequilíbrio financeiro. Muitas possuem pequenos negócios informais e apostam nisso para melhorar suas condições.

4 – No Coração da Periferia (15,13%):

Em geral, nasceram na periferia e seus pais já viviam com renda mais baixa. Cerca de metade possui apenas ensino fundamental. Desta forma, ocupam postos de trabalho de menor remuneração ou informais. Em geral solteiras, vivem em locais compartilhados de residências: uma mesma família dividindo uma casa cujos cômodos são separados ou em terrenos com mais de uma casa construída. O lazer pode ser o café com a visinha ou a ida esporádica ao salão de beleza local.

5 – Trabalhadoras Vizinhas das Grandes Cidades (14,74%):

Por morarem em cidades fora dos grandes centros urbanos, apresentam condições de vida relativamente melhores do que a renda inicialmente sugeriria. Têm risco de crédito elevado, mas vivem uma vida um pouco mais tranquila do que os jovens com a mesma faixa de renda que vivem em periferias das regiões metropolitanas. Por estarem mais longe dos centros urbanos, são menos antenados com as novidades, apesar de possuírem acesso a internet e relativo interesse por tecnologia.

6 – Juventude de Baixa Renda no Interior Urbano (12,57%):

São mulheres, na maioria, entre 18 e 25 anos, solteiras e sem filhos. A maioria não foi além do ensino fundamental. Vivem no interior e com suas famílias. São mais dependentes, tanto dos familiares quanto de ajuda governamental. Suas vidas são modestas e poucos conseguem ir além do básico. Os poucos momentos de lazer são mais voltados para o espaço doméstico, como a TV e a internet, ou espaço público gratuito.

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Por: Serasa Experian

By | 2017-05-27T20:31:46-03:00 23 fevereiro, 2015|Categories: Consumo, Marketing Digital|Tags: , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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