O crescimento de 20% da classe média na região entre 2002 e 2012, segundo dados do Datapopular, continua incentivando as indústrias a lançarem versões específicas para os estados nordestinos. Um exemplo é Mondelez, que recentemente colocou no mercado nordestino o Trident unitário. A companhia identificou em pesquisas que 40% do mercado de gomas de mascar é de produtos que custam menos de R$ 1. A novidade custará R$ 0,30. Já o pacote com cinco unidades custa R$ 1,30. A fabricante já possuiu sabores exclusivos para o nordeste na linha de refrescos em pó Tang: o cajá e o graviola. Juntos, ambos representam 9% do volume de vendas da marca, conforme dados da consultoria Nielsen
Outra indústria que tem versões para a região é a ASA, que comercializa as misturas para bolo regionais, como o Souza Leão, pé-de-moleque e milho, além do cuscuz com sabores. “O Nordeste hoje representa mais de 15% das vendas dos produtos da empresa. Também vendemos o sabão com fragrância de lavanda, que tem uma enorme aceitação no Nordeste”, conta Wagner Mendes, gerente de Marketing da ASA. “Há 18 anos, fizemos uma pesquisa sobre hábitos de consumo nessa região porque já enxergávamos o seu potencial. A partir daí, demos início à criação dos produtos”, afirma.
As margarinas também possuem uma característica própria no Nordeste. Precisam ter gosto mais acentuado, maior cremosidade e coloração mais amarela. Também devem ser resistentes às altas temperaturas. “Foi daí que surgiu a Deline, marca exclusiva para o Norte e Nordeste”, conta Luiz Franco, gerente executivo da linha, fabricada pela BRF. O Norte e Nordeste do País respondem por 30% de todo o consumo brasileiro de margarinas. “Com o aumento da demanda, daremos início à realização de publicidades específicas para a região e a patrocínios de festas populares, como o São João de Caruaru”, afirma o executivo. A produção acontece na unidade de Vitória de Santo Antão.
Fonte: Diário de Pernambuco
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