É o que aponta pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
As despesas com supermercado e contas de luz foram as que mais cresceram nos seis meses anteriores ao levantamento realizado pela SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Foram entrevistados 606 consumidores com idade entre 18 e 30 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras.
O levantamento mostra que as despesas com supermercado cresceram apesar de 47% dos entrevistados terem aumentado a compra de produtos de marcas similares, na comparação com 2015. Também na variação anual, o estudo indica que houve redução do consumo de itens considerados não fundamentais, especialmente no que diz respeito às roupas, calçados e acessórios (53%) e às refeições feitas fora de casa ou por delivery (47%). Já o nível de consumo de serviços de água, luz e telefone foi mantido o mesmo de 2015 por 42% dos entrevistados.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, seja na hora de ir às compras, seja ao lidar com as despesas básicas do mês, não é difícil perceber que os preços subiram muito nos últimos anos e que é preciso mais dinheiro para manter o mesmo nível de consumo. “Ainda que os brasileiros modifiquem alguns hábitos de consumo, não há como abrir mão de itens considerados básicos, como o arroz, o feijão ou a carne, por exemplo. Então, ele percebe que está gastando mais para encher o carrinho de compras”, afirma Kawauti.
“Diante do baixo poder de compra e arrocho do orçamento do consumidor, ele acaba sendo forçado a passar menos tempo ao telefone para controlar o valor da conta e também reduzir as compras de roupas e a frequência com que vai a bares ou restaurantes.” Para a economista, os resultados da pesquisa mostram que os brasileiros estão tentando se adaptar a um contexto de recessão, em que os rendimentos não acompanham a escalada da inflação”.
2017 no azul?
O levantamento do SPC Brasil e da CNDL investigou ainda o que os consumidores fariam em 2017 caso o País saia da crise econômica atual e mostra que as atuais práticas de educação financeira para controle e economia no orçamento não teriam um futuro. Caso a economia brasileira melhore, a atitude adotada para superá-la que será mais descartada do cotidiano dos entrevistados é a disciplina no controle dos gastos pessoais e familiares (31%), seguida por pesquisas de preço (29%) e redução das refeições fora de casa (26%). Apenas 22% pretendem manter todas as medidas de combate a crise, mesmo com melhora da economia.
Por: Supermercado Moderno
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