Intenção de consumo das famílias tem queda de 21,6% em maio

Com dados mais recentes das consequências da crise ocasionada pela pandemia de covid-19, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) segue em queda em maio (-21,6%) – de 98,8 pontos em abril para os atuais 77,4 pontos, menor patamar desde janeiro de 2017. O Índice de Confiança do Consumidor também recuou (-13,5%), 96,8 pontos em maio, ante os 112 pontos de abril.

Segundo a FecomercioSP, o brasileiro não tem o costume de guardar e investir dinheiro, além disso, a renda do consumidor diminuiu visivelmente neste período turbulento, e os valores que entram são destinados para consumo de itens essenciais e pagamentos de contas e dívidas. Assim, os números também apontam que apenas 7,6% das famílias pretendem adquirir algum tipo de crédito nos próximos três meses, o menor patamar desde setembro de 2019, quando a pergunta foi inserida na pesquisa. Desses, 26,3% comentaram que devem pagar contas e dívidas com o valor adquirido, acima dos 17,6% de abril.

Com essa retração da economia, a proporção de endividados caiu em maio e foi para 60,5%, ante os 63,7% de abril, uma vez que houve baixa na intenção do consumo e retenção de crédito por parte das instituições financeiras. A porcentagem de inadimplentes passou de 21,6% para 18,7% em maio; e os que já afirmam que não terão condições de pagar a dívida em atraso durante o mês de maio passou de 8,9% para 8,4%.

Como grande parte do comércio está de portas fechadas em decorrência da quarentena – e o crescimento da modalidade de consumo online –, 71,1% dos entrevistados afirmam utilizar o cartão (crédito/débito) como meio de pagamento, 7,5 pontos porcentuais superior a abril (63,6%).

Nesse sentido, a FecomercioSP segue recomendando que os empresários ampliem as formas de pagamento e utilize os aplicativos de transferência, como Picpay, Ame Digital e iti Itaú, os quais não exigem contato físico, cuidado importante durante a pandemia. Além disso, é tempo de pensar em diminuir a margem de lucro, uma vez que os consumidores estão focados apenas em itens essenciais. Assim, uma possibilidade válida é realizar ofertas atrativas para produtos não essenciais, mas que proporcionem mais conforto para as famílias dentro de casa.

Por: Mercado & Consumo

By | 2020-06-02T07:43:08-03:00 01 junho, 2020|Categories: Consumo|Tags: , , , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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