O medo do desemprego voltou a cair em dezembro de 2019 (-2,1 pontos), reforçando a queda de 1,1 ponto observada em setembro, e retornou ao patamar alcançado após as eleições de 2018.
Em dezembro de 2018, o índice de medo do desemprego caiu 10,7 pontos devido ao otimismo com o resultado das eleições presidenciais. No primeiro semestre de 2019, com a frustração de expectativas quanto ao crescimento econômico, o índice apresentou duas altas, crescendo 4,3 pontos.
As quedas observadas no segundo semestre de 2019 totalizaram 3,2 pontos, praticamente devolvendo o indicador ao patamar observado após as eleições. Apesar disso, o indicador ainda permanece 1,1 ponto acima do observado em dezembro de 2018 e 6,0 pontos acima da média histórica.
O índice de satisfação com a vida apresentou retração de 0,7 ponto em dezembro de 2019, em relação a setembro. Com isso, o indicador encerra o ano 0,3 ponto abaixo do observado em dezembro de 2018. O índice permanece em patamar superior ao observado no auge da crise, mas se encontra abaixo da média histórica.
O medo do desemprego permanece mais elevado entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo frente às demais faixas de renda. Além de ser a faixa com maior nível de medo do desemprego, essa também é a única faixa de renda para a qual o medo do desemprego aumentou entre setembro e dezembro de 2019 (0,9 ponto).
A diferença no medo do desemprego entre homens e mulheres também foi reforçada. Embora as mulheres costumem apresentar medo do desemprego superior ao dos homens, a diferença alcançou em dezembro o maior patamar desde março de 2005. Essa diferença aumentou porque enquanto o medo do desemprego dos homens se reduziu em cinco pontos entre setembro e dezembro, entre as mulheres ele aumentou 0,6 ponto.
Por: Ibope Inteligência
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