Confiança de compra do consumidor caiu 2,3% em maio, após delações envolvendo o presidente Michel Temer, diz levantamento da FecomercioSP.
O aprofundamento da crise brasileira, provocado pelas recentes delações envolvendo políticos de alto escalão do governo, fez diminuir a vontade dos paulistanos em consumir em curto prazo.
Segundo o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), levantamento feito pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), a confiança do consumidor caiu em 2,3% em um período de 15 dias no mês de maio.
O levantamento é feito mensalmente com 2,2 mil consumidores na cidade de São Paulo e é usado para medir as intenções de gastos dos consumidores levando em conta as condições econômicas atuais e futuras.
Excepcionalmente em maio deste ano as pesquisas foram feitas duas vezes. A primeira delas, realizada antes da delação envolvendo o presidente Michel Temer, o índice marcou 101,3 pontos. A segunda coleta, realizada logo após as delações, o ICC caiu para 99 pontos.
Mercado em atenção
Para a FecomercioSP a reação negativa a curto prazo é considerado normal e há previsões de ajuste gradativo nos próximos meses, caso não ocorra novos eventos que agravem a crise política.
Mesmo com estimativas de melhorias, a Federação ressaltou que o momento é de espera e atenção, devido à imprevisibilidade das próximas semanas.
Análises do consumidor
A queda é motivada principalmente pela piora da percepção dos consumidores em relação ao momento atual.
O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) que compõe o ICC, por exemplo, caiu 12,1% nesse período. Antes das delações, registrou-se 75,6 pontos contra os 66,5 pós-divulgações dos áudios.
O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), outro indicador do ICC, registrou alta de 1,8%. O indicativo traz as estimativas dos consumidores sobre as condições econômicas futuras. Na primeira coleta registrou 118,5 pontos, mas subiu o índice para 120,6 após as delações.
Por: Portal No Varejo
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