Crianças e adolescentes que cresceram ambientados à tecnologia e fazem parte da geração dos “consumidores hiperconectados” representam um novo desafio para os varejistas. Eles costumam saber mais do que os próprios vendedores sobre um produto, avaliam a reputação de uma empresa pelos sites de reclamação e são completamente frios aos apelos emocionais do varejo tradicional e das compras por impulso.
Segundo a Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo), 82% dos brasileiros têm como prioridade na web ter acesso ao comércio eletrônico. E crianças e adolescentes de 6 a 14 anos já somam 5 milhões de internautas no Brasil, mostrando a necessidade para as empresas em saber lidar com esse público.
Vender para essa geração ameaça o varejo tradicional. “São desafios que vão desde como projetar o espaço e tornar o ambiente semelhante ao virtual até como criar uma promoção que, de fato, funcione”, diz o consultor Julio Takano, que preside a Abiesv.
“A loja poderia dar conexão grátis e aproveitar para ajudar o cliente a comprar melhor”. Sugere Wagner Bernardes, diretor da Seal, empresa de tecnologia do varejo. Nos EUA, ele conta, algumas lojas têm um serviço virtual que dá boas-vindas aos clientes, se conecta por meio de redes sociais, lê o perfil do consumidor e oferece produtos que tenham a ver com ele.
“Há uma ruptura com o passado. Quando esse consumidor, hoje ainda muito jovem, emergir para o mundo de compras, nunca vai ligar para o 0800 do SAC”, diz Maurício Vargas, presidente do Reclame Aqui.
Por: Folha de S. Paulo e Supermercado Moderno
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