É sabido que as mulheres já dominam grande parte do potencial de consumo no Brasil, com 66% deste mercado, segundo o instituto de pesquisa Sophia Mind – empresa do grupo Bolsa de Mulher, voltada para a inteligência de marketing. Mas apesar delas possuírem grande poder na decisão de compra, setores como bancos, planos de saúde e fitness ainda não as atraem. “Empresas destes segmentos precisam rever sua postura e se adaptar a esse novo perfil de cliente, seja criando produtos mais focados para a mulher ou melhorando sua forma de se comunicar”, explica Bruno Maletta, sócio diretor da Sophia Mind, esclarecendo que muitas marcas destes setores “não se fixam na cabeça delas”, deixando de conquistar mais espaço e lucro.
“O grande problema nesses casos costuma ser a comunicação. Foi constatado nas pesquisas que realizamos com o setor de bancos que 75% das mulheres preferem investir na poupança, diferente dos homens, que apostam em outros investimentos, em função das comunicações bancárias serem voltadas para eles e conseqüentemente este público entender mais rápido como todas essas transações funcionam”, esclarece Maletta.
O fato é que existe um mercado consumidor feminino esperando pela comunicação desses segmentos. Uma prova disso é o que já está acontecendo no setor de automóveis, onde 43% das mulheres atuam na manutenção, compra e contratação de seguro. “Com o tempo a tendência é equiparar a renda feminina à masculina”, afirma Malleta. Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam essa prerrogativa: enquanto em 1993 a renda média feminina representava 32% do que os homens ganhavam; em 2008 ela já representava 72% do que os homens recebiam. “O aumento da renda está fazendo com que o mercado consumidor mude bastante. Até 2012 provavelmente as rendas estarão equiparadas”, completa.
E pelo cenário que se percebe atualmente essa equiparação pode acontecer até antes, em função de alguns dados levantados pela Sophia Mind anteriormente:
– 80% a 90% das mulheres lideram nas decisões de compra, nas áreas de beleza, alimentação, orçamento doméstico e criação dos filhos;
– 60% a 70% do público feminino influencia na decisão de serviços de telefonia e turismo;
– elas também decidem 50% dos serviços ligados à informática e vestuário masculino;
– 63% delas decidem sobre a educação infantil dos filhos.
Fonte: Consumidor Moderno
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