Dados foram obtidos com base nas respostas de 13.051 pessoas de todos os estados do Brasil
A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) realizou um levantamento sobre o perfil do gamer brasileiro e seus hábitos de consumo. Com dados obtidos das respostas de 13.051 pessoas, de todos os estados brasileiros, coletados entre os dias 11/02 até 07/03, a pesquisa aponta que cerca de 3 em cada 4 brasileiros jogam jogos eletrônicos. O resultado é um acréscimo de 2,5% em relação ao ano anterior, atingindo a marca de 74,5% da população do Brasil afirmando jogar games em 2022.
A classe média representa 62,7% do público de jogos eletrônicos. Os smartphones como a plataforma favorita (48,3%) dos entrevistados. Homens são a maioria dos gamers nos consoles e computadores, 63,9% e 58,9% respectivamente, enquanto as mulheres dominam o mercado de jogos mobile, com 60,4%.
É importante ressaltar que quando a PGB afirma que cerca de 3 em cada 4 brasileiros jogam (74,5% da população), isso é uma estimativa com base nos resultados obtidos na pesquisa. Abaixo você acompanha com mais detalhes os resultados mais interessantes da 9ª edição da Pesquisa Game Brasil.
Perfil do gamer brasileiro
Com base nas 13.051 respostas coletadas, o perfil geral do gamer brasileiro fica com 51% dos gamers são mulheres e 49% dos gamers são homens. As mulheres dominam o mercado dos jogos mobile com 60,4% do público, enquanto os homens dominam os mercados dos consoles e computadores, com 63,9% e 58,9% respectivamente.
Mulheres são maioria no mercado de smartphones, enquanto homens são maioria nos mercados de computadores e consoles
Um dado interessante da pesquisa, no entanto, aponta que as mulheres estão mais propensas a não se considerarem gamers. Dos entrevistados, 45,1% das mulheres se consideram gamers. Dentre os homens, 55,6% relataram que se consideram gamers. Na pesquisa, mesmo que a pessoa jogue algum jogo eletrônico isso não quer dizer que ela irá, necessariamente, se considerar gamer. Como uma parte do público feminino está concentrado no mercado mobile, talvez existe uma dificuldade em se considerar um ‘gamer’ pois a imagem está muito associado ao PC e console.
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CRÉDITOS: Pesquisa Game Brasil
Já na classe social, a maioria dos gamers brasileiros está concentrada na classe média (B2, C1 e C2). Podemos perceber que usuários da classe D apresentam uma maior preferência para jogos de smartphone (15,2%) se comparado com o console (5,8%) e computador (5,4%), algo que faz sentido, devido aos custos elevados do hardware no Brasil, tornando o celular a opção mais acessível para jogar.
Já a classe A apresenta um resultado inverso, com os consoles (19,1%) e computadores (14,3) como plataformas favoritas, em detrimento do smartphone (9,4%). Os resultados apontam que o poder aquisitivo do gamer brasileiro irá influenciar no seu padrão de consumo.
Pesquisa revela diferenças percentuais equilibradas entre as faixas etárias
Além disso, a faixa etária do gamer brasileiro está concentrada na parcela dos 16 a 29 anos. Porém a diferença entre as faixas etárias não é tão grande, como podemos perceber na imagem acima. Carlos Silva, sócio da GoGamers, comenta que a pesquisa revelou diferenças percentuais equilibradas entre as faixas etárias “O que o levantamento nos diz é que não existe idade para jogar jogos eletrônicos, uma vez que a diferença percentual entre as mais variadas faixas de idades é equilibrada. Pessoas entre 30 e 34 anos, por exemplo, representam 12,9% dos jogadores no Brasil, e quem tem de 35 a 39 anos representa 11,2% do público“.
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A imagem ainda revela um ponto interessante, ao observamos os gamers mais jovens (entre 16 a 19 anos), podemos observar uma clara preferência para utilizar o computador (19,5%) e smartphone (20,8%) para jogar, enquanto console (10,7) fica para trás. Algo que pode apontar uma tendência de comportamento do público gamer mais jovem.
Um ponto muito interessante da pesquisa, mostra que o brasileiro possui uma enorme preferência para jogar em casa (95,4%) com a casa de amigos/outras pessoas vindo logo atrás (27,1%) e em deslocamento na terceira posição (14,4%), seguido de perto do local de trabalho (13,6%).
Os resultados apontam para uma preferência dos brasileiros em não jogarem durante o seu deslocamento, mesmo que a plataforma de jogatina favorita seja o smartphone. Podemos apontar alguns fatores como possíveis causas para isso, como a falta de segurança e transporte público ineficiente/lotado. Claro que não há como afirmar possíveis causas, sem uma pesquisa mais aprofundada, mas é interessante perceber esse comportamento e comparar, por exemplo, com o público gamer japonês que tem o mobile e o Nintendo Switch como plataformas favoritas, e uma das razões disso são as situações de deslocamento prolongadas na direção escola/trabalho para casa
Plataformas favoritas
O smartphone se mostrou a plataforma favorita do gamer brasileiro, com 48,3%. Os consoles ficam em segundo lugar, com 20,0%, se os computadores (15,5%) e notebooks (7,8%) forem considerados como plataformas distintas. Caso o computador e notebook sejam agrupados em uma única categoria, os PCs assumem a segunda posição com 23,3%.
Pelos dados, observamos como os consoles portáteis não são mais populares entre os gamers brasileiros, com 2,6%. Se na época do GameBoy todo gamer sonhava em ter um console portátil, hoje em dia parece que o brasileiro ‘adotou’ o smartphone como seu console portátil.
PC Hardcore Gamer
Dentre os gamers brasileiros que jogam no PC, 58,9% são homens e 41,1% são mulheres. Alguns dos pontos mais interessantes da pesquisa apontam que quem joga principalmente no PC possui uma tendência maior a se considerar um gamer hardcore, com 64,3%.
Além disso, 63,4% dos PC gamers consideram que o computador oferece melhores gráficos e imagens em relação aos seus concorrentes no mercado dos consoles e mobile. Os resultados também apontam que o computador ganha destaque com o público mais jovem, por sua ampla capacidade de customização para as necessidades de cada jogador. Outro ponto é a expansão dos eSports que impulsionou e estabeleceu o PC como a principal plataforma competitiva.
A popularidade dos PCs e o desejo dos brasileiros em jogar com os melhores gráficos possíveis esbarra, infelizmente, nos preços elevados dos hardware, que apesar de estarem em uma recente queda, continuam fora da realidade da maioria dos gamers brasileiros, que como aponta a pesquisa, são na sua maioria da pertencentes a classe média.
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