A internet se confirma como o grande canal de comunicação entre os brasileiros, tanto para entretenimento, quanto como canal de compras ou simplesmente para obter informação. Esse foi um dos resultados da pesquisa Media Democracy realizada pela Deloitte nos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e Brasil.
Foram ouvidas cerca de 9 mil pessoas que retrataram os hábitos de consumo de mídia e de tecnologia do século 21. No Brasil, foram ouvidas 1.346 pessoas na faixa etária de 14 a 75 anos. O levantamento no País demonstra que os brasileiros continuam se destacando em relação aos outros países como um público consumidor de mídia em todos os seus formatos.
São 36,8 milhões de internautas ativos e 13,7 milhões com internet em casa. Assim como no ano anterior, para a maioria dos consumidores, o computador superou a televisão em termos de entretenimento – tendência ainda mais expressiva entre os jovens. A internet é um dos principais motivadores deste quadro.
O internauta brasileiro gasta, em média por semana, 17 horas assistindo televisão e cerca de 30 horas navegando na internet. As redes sociais, meios de comunicação instantânea e mensagens de texto são utilizados por 86% dos entrevistados para falar com os amigos. Todos os dias, 38% dos brasileiros pesquisados utilizam essas mídias.
Outra motivação para navegar na internet é o acesso a conteúdos de vídeo online. Entre a faixa de 14 a 26 anos o computador é quase tão utilizado quanto a TV para assistir a vídeos (56% assistem vídeos pela TV e 54% assistem pelo computador).
A banda larga continua sendo uma prerrogativa para ampliação da utilização da web no Brasil. A maioria dos brasileiros (87%), por exemplo, assistiria a mais vídeos na internet se a conexão fosse melhor. Vale dizer ainda que, da terceira para quarta edição da pesquisa, o número de entrevistados que afirmou possuir um serviço de banda larga em casa aumentou de 46% para 56%.
A TV via internet ganha espaço. A veiculação de conteúdos televisivos tende a se intensificar como alternativa para os consumidores que querem controlar quando e onde assistir seus programas de TV favoritos. Entretanto, a pesquisa mostra que a TV paga cresceu em relação ao ano passado. A TV via satélite merece destaque neste incremento. Foi de 14% para 33%.
O estudo concluiu que a internet tem sido utilizada, com freqüência, para compras. 65% dos entrevistados disseram que comentários e indicações de consumidores online influenciam mais nas decisões da aquisição que qualquer outro tipo de publicidade na web.O uso da internet já é considerado um canal de compra, especialmente para eletrônicos (71%), seguidos das lojas de departamentos com 58%.
Um site interativo, com informações e ferramentas de entretenimento é uma estratégia importante para as empresas varejistas. A propaganda online ainda é considerada mais invasiva pela grande maioria dos entrevistados que as veiculadas em jornais e revistas (69%). Mais da metade afirmou que estaria mais confortável em fornecer informações pessoais na web se isso significasse receber anúncios direcionados a suas necessidades (55%).A internet e celular, definitivamente, caminham juntos.
O celular foi apontado como o dispositivo de comunicação universal por excelência e é utilizado como meio de entretenimento, especialmente nas faixas etárias mais jovens. Foi possível identificar ainda que de uma a cada seis horas despendidas na internet é via celular.
Nove em cada dez entrevistados, afirmaram possuir um celular e um em cada cinco, disseram possuir na residência um aparelho do tipo smartphone. O número de entrevistados que costuma ouvir música por celular e smartphone já alcança 44%.
Entre as três principais utilidades do celular (usadas com freqüência pelos entrevistados) estão: mensagens de texto (93%), câmera digital para fotos (83%) e câmera de vídeo (71%). Os aplicativos como games e mp3 player no celular são mais valorizados quando a faixa etária é menor. O acesso à internet, e-mail e o recebimento das notícias são mais utilizados por consumidores entre 27 e 43 anos. Sobre a possibilidade de convergência entre as mídias, 88% dos entrevistados disseram que gostariam de conectar a televisão à internet para baixar vídeos e outros conteúdos diretamente na TV.
Neste contexto, é possível afirmar que o acesso à internet e o uso da ferramenta têm crescido de maneira significativa no Brasil. “Podemos concluir que a internet é uma importante ferramenta de veiculação de anúncios. As empresas não podem e nem devem ficar de fora dessa tendência”, afirma Marco Brandão, sócio da Deloitte na área de tecnologia, mídia e Telecom.
A quarta edição da pesquisa buscou identificar hábitos, visões e expectativas de consumidores que apresentam grande interatividade com veículos de mídias. O estudo tem ainda como objetivo captar as tendências e mudanças nos perfis de consumo de mídia, tecnologias e serviços de telecomunicações. Os entrevistados foram divididos em quatro categorias, de acordo com a idade, a fim de entender as diferenças apresentadas por cada faixa etária.
No Brasil, elas foram divididas da seguinte forma:
● Geração Millennials (ou geração Y), faixa etária de 14-26 –29%
● Geração X, faixa etária de 27-43 –34%;
● Geração “Boomers”, faixa etária de 44-62–31%;
● Geração “Matures”, faixa etária de 63-75–6%.
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