O jovem brasileiro sonha em empreender, mas não se sente estimulado a ter seu próprio negócio. É o que revela a pesquisa realizada pelo Instituto Sou Mais Jovem, entidade que coordena ações de incentivo e apoio ao empreendedorismo jovem. De acordo com o estudo, 67% de jovens entre 14 e 25 anos desejam ter seu próprio negócio, mas 82% reclamam da falta de estímulo e informações para realizar esse desejo.
Mais da metade entrevistados, 73%, afirma que gostaria de ter aulas sobre empreendedorismo e gestão de negócios nas escolas. Hoje eles dizem buscar informações sobre esses temas principalmente na Internet (82%), veículos especializados (39%) e com pais e conhecidos (27%).
A dificuldade financeira para abrir a empresa, citada por 63%, é a principal preocupação dos jovens no que se refere ao empreendedorismo. Apenas 27% se declararam receosos de não estarem aptos a desenvolver essa tarefa. Já 23% afirma temer os entraves burocráticos e econômicos do Brasil. Demonstrando terem consciência das dificuldades da vida de empreendedor, 52% acreditam que terão que fazer sacrifícios para realização desse sonho, mas 71% acredita que valerá a pena e está disposto a iniciar algum tipo de projeto nos próximos anos.
Para Guto Melo, presidente do Instituto Sou Mais Jovem, esses dados revelam que o jovem brasileiro mudando seu comportamento. “Até pouco tempo atrás, o jovem desejava ter liberdade e muito dinheiro, e acabava associando esse sentimento a ser dono do seu negócio. Hoje, com o acesso mais fácil à informação a maioria já demonstra ter mais consciência da árdua tarefa de empreender. Eles estão deixando a ilusão de lado e caindo na real de que empreender envolve muito trabalho, capacitação e uma boa dose de determinação”, explica o jovem empresário.
Segundo o empresário, que montou seu primeiro negócio aos 11 anos (uma bomboniére), aos 17 anos sua agência de eventos e aos 18 o Prêmio Jovem Brasileiro, que anualmente premia jovens de sucesso de diversas áreas, como artes, esportes, social e empreendedorismo, é preciso que as escolas brasileiras assumam o desafio de suprir essa lacuna. “Se houvesse nas escolas disciplinas ligadas à empreendedorismo, muito mais jovens teriam estímulo para empreender no Brasil. E com visão, informação e capacitação, muitos deles teriam mais sucesso no mundo dos negócios, contribuindo para o desenvolvimento do país”.
Por: Agência IN
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