Levantamento da Bain & Company indica que novas experiências no estilo metaverso devem impulsionar a indústria nos próximos anos
“O futuro dos videogames é brilhante”, diz o levantamento da Bain & Company que projetou um crescimento de 50% na receita global da indústria nos próximos cinco anos, saindo de US$ 199 bilhões em 2022 para US$ 307 bilhões em 2027. A taxa de crescimento anual composta (CAGR) é de 9% ano a ano, segundo a consultoria.
A pesquisa observa três grandes tendências que estão mudando os jogos e devem alavancar os ganhos nos próximos anos. São elas: os avanços tecnológicos da indústria, as experiências no estilo metaverso e os novos modelos de monetização.
“Tudo sugere que os jogos tirarão o tempo dos consumidores de outras formas de mídia e serão a plataforma fundamental para outras experiências de mídia e não-mídia, tornando-se uma parte cada vez maior de nossas vidas diárias”, diz o relatório da Bain.
O crescimento da indústria deverá ser impulsionado principalmente pelos jogadores mais jovens, de 13 a 17 anos, que passam cerca de 40% mais tempo em ambientes de games do que em outras formas de mídia, como redes sociais, streamings de música e vídeo.
Enquanto os jogadores mais velhos, de 18 a 34 anos, gastam pouco menos de sete horas semanais em videogames e oito horas semanais em redes sociais, os mais jovens ficam dez horas em videogames e seis horas em redes sociais, por semana.
“Em comparação com jogadores um pouco mais velhos, os jogadores mais jovens (…) se sentem mais confortáveis em ambientes virtuais e pouco mais da metade deles prefere sair com os amigos em um jogo do que pessoalmente”, afirma o relatório.
Segundo a consultoria, há espaço para diferentes modelos de jogos, desde os imersivos de alta resolução, como Red Dead Redemption 2 e Horizon Forbidden West, até jogos de baixo custo, como Stardew Valley e Among Us.
No entanto, as grandes oportunidades de monetização vem de outros produtos: os grandes jogos de mundo virtual. Com menos jogadores, porém mais engajados, esse modelo de produto deve oferecer mais lucro por permitir pequenas transações financeiras com a compra de artigos especiais, além de outras experiências que podem ser acrescidas, como eventos virtuais.
Desafios dos games
Desde 2019, mais de US$ 240 bilhões foram investidos pelo setor de capital de risco, private equity e M&As (fusões e aquisições) entre gigantes de tecnologia e mídia com empresas de jogos. Assim como vimos com as empresas de streaming de vídeo nos últimos anos, onde o investimento desproporcional gerou uma onda de conteúdo, o levantamento indica que este é o momento para as empresas de jogos apostarem alto e passarem para o próximo nível.
Grandes jogos de mundo virtual são caros para construir, na faixa de US$ 80 a US$ 300 milhões, com potencial de chegar a US$ 1 bilhão até 2027, com base na trajetória histórica.
Por: Monique Lima, Forbes
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