As grandes mudanças enfrentadas pelo mercado nos últimos anos tiveram reflexo direto no faturamento das empresas de Luxo no Mundo. Depois de um ano de forte crescimento em 2000, as empresas deixaram de vender em função dos atentados de 11 de setembro de 2001, uma fez que o ato terrorista afetou o turismo e a confiança das pessoas. A saída foi investir na democratização do segmento, o que representou um crescimento de 14% nas vendas de muitas companhias, segundo números da Brain & Co.
Um ano depois, no entanto, o mercado estagnou. As marcas de moda foram as mais afetadas. Em 2003, a economia europeia entra em estagnação e o Japão já enfrenta a sua maior recessão pós-guerra. O faturamento do mercado mundial cai 3%. Mesmo assim, o segmento de acessórios é o único que não cai.
Já o ano de 2004 é simbólico para o Brasil. O mercado de luxo no país cresce nada menos do que 100% em relação a 2003. Com isso, as marcas mundiais começam a perceber o potencial de consumo brasileiro e miram seus olhos para cá. Dois anos depois, a Rússia também chama a atenção do mundo com o crescimento de seu mercado voltado ao luxo. Em 2007, o mundo se rende a grandiosidade chinesa, com destaque para as compras masculinas.
Comércio Eletrônico ganha força
No mesmo ano, as compras de produtos de luxo pela internet começam a aparecer no radar das companhias. Em 2008, a crise financeira tem grande impacto no mercado, que cai 2%, e em 2009 registra a maior retração de todos os tempos, menos 11%. “As marcas precisaram melhorar a sua gestão”, aponta Claudia D’Arpizio, sócia da Bain & Co. A crise também afetou o Brasil, mas não a China, que cresceu 20%.
Em paralelo, o comércio eletrônico cresceu porque os consumidores tradicionais do Luxo se sentiam envergonhados em desfilar suas sacolas de marcas tradicionais e passaram a comprar online. A recuperação do mercado tradicional vem em 2010 com força e cresce nada menos do que 12%. Para este ano, a expectativa da Bain & Co é que o mercado aumente em 8%. Agora, com o Japão em crise, a revolução digital e o crescimento da China, o mercado experimenta uma forte expansão.
Expansão esta que deve estar pautada pela diferenciação – agora ainda mais importante do que antes. Há 15 anos, o mercado de luxo era pequeno. Se resumia aos mais ricos. Hoje, são mais 30 milhões de consumidores do segmento, aponta a Bain & Co. “A geografia do luxo mudou e a ordem agora, mais do que nunca, é oferecer experiência e buscar a lealdade do consumidor”, ressalta Claudia (foto) em sua apresentação no Atualuxo 2011.
Fonte: Mundo do Marketing
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