Os preços dos ovos e das barras de chocolate variam muito em cada lugar de compra. De acordo com pesquisa realizada pelo Procon na cidade de São Paulo, a diferença nos preços dos ovos chegam a 83,4% e das barras a 80%.
O Procon visitou dez supermercados e lojas da capital no fim de março e analisou os preços de 177 produtos. Ainda de acordo com o órgão, o preço dos ovos de Páscoa cresceu 5,89% e o único item da data tradicional que apresentou queda nos preços foi o bolo pascal, com redução de 2,11%.
O produto que apresentou maior diferença no preço foi o ovo Surpresa LOL de 150 g, da Nestlé, que custa R$ 39,80 no Andorinha Supermercado e R$ 74,99, nas Lojas Americanas. O tablete do chocolate Hershey’s Air de 100 g é vendido por R$ 2,99 no Carrefour e chega a R$ 5,65, no Extra.
A grande diferença de preço entre os ovos e as barras tem feito os consumidores optarem crescentemente pelas barras, a cada ano. De acordo com análise do Google Survey, 49% dos consumidores trocaram os ovos pelas barras de chocolate.
Embora haja uma mudança de comportamento do consumidor, para a Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a troca de produtos não representa um risco. “A tradição ainda é mantida por muito dos brasileiros e é complementada com o chocolate tradicional”, disse Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab.
A indústria de chocolate prevê crescimento para este ano, mantendo a tendência apresentada no ano passado, quando foram produzidas mais de 11 mil toneladas de ovos e demais itens de Páscoa, 26% a mais que em 2017.
“Estamos confiantes. O mercado de chocolate volta a ganhar penetração nos lares brasileiros com maior consumo das figuras de Páscoa, como também de produtos regulares”, afirmou Fonsêca.
A associação estima que tenham sido criadas mais de 18 mil vagas temporárias para atender a demanda da Páscoa. Em todo o ano passado, houve um crescimento de 6,5% na produção de chocolate, com 671 mil toneladas fabricadas.
O presidente da Abicab informou que o aumento dos preços dos chocolates se deve a vários fatores, como o preço do açúcar, do leite e do cacau, contratações, distribuição, impostos e a variação do dólar.
Por: Mercado & Consumo
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