Vendas no Dia dos Pais corresponde à boa expectativa do varejo

Apesar de bons resultados, comércio ainda segue em recuperação após efeitos da pandemia

varejo estava com expectativas bem altas a respeito das vendas para o Dia dos Pais, uma vez que essa foi a primeira data comercial em que o comércio estava mais flexibilizado por conta da pandemia.

E, segundo dados do Serasa Experian, de fato, as expectativas foram correspondidas. A atividade de venda do comércio físico brasileiro cresceu 6,2% na semana do Dia dos Pais, ou seja, de 2 a 8 de agosto, segundo a entidade, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Esse é o maior crescimento desde 2011, quando o índice marcou alta de 8,8%.

Contudo, de acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é preciso levar em consideração que a base comparativa foi em relação ao ano passado, período que teve queda de 10,6%, por conta do fechamento do comércio e medidas mais restritivas relativas à Covid-19.

“Embora o feriado tenha marcado aumento este ano, é necessário observar o contexto do dado, já que o tombo registrado em 2020 reflete um período restritivo no varejo relacionado à pandemia e faz com que a alta se torne, na verdade, uma recuperação parcial”, destaca o economista.

De qualquer forma, a atividade econômica do comércio tem ganhado fôlego em 2021. Com a vacinação ganhando tração no Brasil, o varejo se beneficia de certo otimismo. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o varejo nacional encerrou o primeiro semestre de 2021 com alta de 10,1% perante o primeiro semestre do ano passado.

E, apesar de apresentar comportamento ainda desigual entre os setores, pode-se dizer que a atividade varejista nacional praticamente conseguiu retornar ao nível pré-pandemia.

Com o acelerado crescimento do mercado de crédito, os segmentos do varejo mais influenciados por esse fator tiveram um desempenho mais significativo entre janeiro e junho deste ano, sendo eles o de móveis, eletroeletrônicos e informática, com saldo positivo de 13,6%, seguido por veículos, motos e peças e material de construção, ambos com 12,1%. Por fim, o setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas cresceram 10,7%.

Na direção contrária, o aumento do preço dos combustíveis e as medidas de isolamento social impostas durante os meses de março e abril impactaram quedas no acumulado do primeiro semestre de 2021 nos segmentos de combustíveis e lubrificantes, com -3,5% e tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com -6,5%.

Dia dos Pais foi mais doce

No mesmo sentido do crescimento observado pelo Serasa Experian no primeiro semestre no setor de alimentos e bebidas, Maricy Gattai, diretora executiva de Kopenhagen, comemora os bons resultados de vendas no Dia dos Pais. “Superamos todas as expectativas, o faturamento foi superior em 76% em relação à 2019 e o volume superior a 68%, isso porque tínhamos apenas dois itens exclusivos para a data, tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce”, enfatiza.

Na visão da executiva, as pessoas estão, aos poucos, voltando ao convívio familiar e esse tipo de data que tem esse forte apelo emocional ganhou muita força.

“Acreditamos que esse viés de celebração de todos os momentos em família vai perdurar por muito tempo e, para a Kopenhagen, que é uma marca reconhecida pelo vínculo emocional que tem com o cliente há gerações é uma opção certeira para agradar e reascender memórias”, conclui Maricy Gattai.

Números do e-commerce podem superar o varejo físico

A conclusão sobre o desempenho do varejo no Dia dos Pais ainda pode mudar quando os números do e-commerce forem considerados. Mais uma vez, ter como base de comparação o ano passado deve fazer com que os resultados sejam positivos.

Antes da data, no final de julho, uma pesquisa da Bare International apontava que dos 64% dos consumidores que afirmaram que comprariam um presente, 40% pretendiam fazer isso online contra 33% que disseram preferir a compra presencial.

Por: Miriam Bollini, Consumidor Moderno

By | 2021-09-13T21:20:33-03:00 25 agosto, 2021|Categories: Varejo|Tags: , , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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