10 tendências para os pequenos negócios do futuro

Revelação de fotos, fitas cassete, instalação de computadores. O avanço da tecnologia vai aos poucos minando alguns negócios. Hoje, quase ninguém mais precisa pagar para que um técnico instale um computador doméstico. O aluguel de filmes em fita cassete também já deixou de existir. Na contramão desse movimento, novas demandas e necessidades surgem a cada dia e as empresas que conseguirem se antecipar a esses tendências e identificar oportunidades de negócio podem lucrar alto.

Confira a seguir dez tendências que vão influenciar o mundo dos negócios – inclusive dos pequenos – nos próximos anos. A lista foi elaborada com a ajuda de Silvio Meira, cientista chefe do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), Evandro Paes dos Reis, professor de empreendedorismo e inovação da Business School São Paulo, Paulo Sérgio Quartiermeister, diretor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM, e Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora e investidor-anjo que apoia startups.

Personalização radical

A customização de produtos e serviços é assunto recorrente para os pequenos e médios empresários. O mercado já entendeu que os consumidores estão cada vez mais informados e buscam individualização e não mais a coletividade. Por isso, a moda não é mais ter as mesmas peças, mas itens exclusivos. Para o professor Paulo Sérgio Quartiermeister, diretor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM, vai chegar o dia em que até os preços serão personalizados. “A fidelização vai chegar ao ponto de que os clientes terão uma identificação específica e um preço determinado pelo seu histórico de compras”, explica.

iPad na sala de aula

Ainda visto como um luxo tecnológico, o tablet deve estar nas mãos de muita gente nos próximos anos. Isso inclui professores e alunos. “A mobilidade acessível em massa é uma das tendências tecnológicas que estão começando a se concretizar, mas que vão causar um impacto sensível no Brasil em alguns anos”, define Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora e investidor-anjo que apoia startups. Cada vez mais baratos, os smartphones e os tablets poderão oferecer recursos adicionais e funcionar não mais como uma distração, mas como uma extensão dos cadernos para alunos de todas as idades na sala de aula.

E-commerce nas redes sociais

Comprar sem ir a uma loja era impensável há 15 anos atrás. Muitos consumidores ainda aparentam alguma resistência e desconfiança para a compra de alguns itens, como roupas, pela rede. Isso está ficando, aos poucos, no passado. Para Silvio Meira, cientista chefe do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), a evolução do comércio online passa obrigatoriamente pelas redes sociais. “Estamos às vésperas de ter uma evolução no negócio de e-commerce, que está estabelecido desde 1995. Eu não duvidaria de plataformas totalmente integradas a redes sociais, como o Facebook”, diz.

Todos em rede

As redes sociais não devem sair de cena tão logo. Facebook e Twitter, por exemplo, contabilizam milhões de usuários trocando informações e dados. “Seria ótimo se um médico tivesse uma rede específica para receber um feedback dos seus pacientes e também se comunicar com os laboratórios farmacêuticos”, defende o professor Quartiermeister. Essa é uma das possibilidades do uso de pequenas redes, tão personalizadas que podem intensificar o contato entre as pessoas afetatando, nesse caso, a relação entre médico e paciente.

Roupas inteligentes

Imagine só sentir saudades de alguém e, de repente, sentir-se abraçado ao receber um SMS. Essa é a proposta da CuteCircuit, empresa de roupas dos Estados Unidos. As roupas inteligentes, apesar de parecerem futuristas de mais, podem trazer diversas vantagens aos consumidores nos próximos anos. E as ideias não são poucas: vão de óculos de sol com câmeras filmadoras, vestidos luminosos – como o que a cantora Katy Perry usou em um baile de gala (foto) – e até mesmo luvas e uniformes especiais que podem melhorar a habilidade de alguns profissionais.

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Celular ou cartão de crédito?

Quem nunca passou um aperto na hora de pagar a conta do restaurante e a maquininha do cartão não funcionou. Isso danifica a imagem do empreendimento e também deixa o cliente constrangido. “A máquina já funciona como um celular, com chip. Por que não tirá-la de cena e usar apenas o aparelho do cliente?”, sugere Meira. A ideia é eliminar o plástico usado na produção do cartão e transformar o próprio celular em dois em um: maquininha e cartão. Já existem algumas iniciativas com o uso do aparelho no lugar do cartão de crédito, mas nada usado em grande escala e que possa banir o uso da carteira.

O fim do dinheiro em papel

Eliminar a carteira é também a ideia do professor de empreendedorismo e inovação da Business School São Paulo Evandro Paes dos Reis. “Já existem pesquisas que buscam tecnologias como substitutas do dinheiro”, diz. A abordagem, segundo o professor, não é absolutamente financeira, mas também uma questão de saúde e de sustentabilidade. “Dá para pensar o quanto de papel e tinta seria economizado? Além disso, o dinheiro já é conhecidamente um transmissor de doenças”, diz. Segundo Reis, isso significa também uma economia. “O custo para fazer uma moeda de R$ 0,50 é muito mais do que a própria moeda vale”, defende. Para ele, apesar da produção de dinheiro ser tarefa do governo federal, a inovação está mais acessível às empresas menores e, por sua vez, mais flexíveis.

Sem mais fios

As casas do futuro serão, provavelmente, livres de fios. A avaliação é do cientista do CESAR. “Teremos um pico de infraestrutura sem fio em casas, empresas e, depois, em ambientes móveis”, diz. Mais do que eliminar os incômodos fios, que normalmente se amontoam e são difíceis de domar, mais empresas devem surgir para cobrir a demanda por aplicativos que possam ser usados em movimento, como em carros e até aviões. A internet das coisas deve prevalecer. A tendência é que as pessoas consigam controlar a banheira, a geladeira e até o forno com um toque no smartphone, à distância, de qualquer lugar.

Do consultório ao tablet

Além de comandar a casa do trabalho e vice-versa, a relação entre homem e máquina deve ultrapassar a ausência de fios e distância. “Além das implicações óbvias no uso da tecnologia – como mudar radicalmente a forma como usamos os computadores no dia a dia – novas interfaces também multiplicarão as aplicações focadas em life sciences”, diz Gitahy. A ideia é que aparelhos como o Ipad possam ser usados por médicos e psicólogos. “Eles podem melhorar a reabilitação de pessoas com dificuldades motoras ou de relacionamento e curar fobias”, complementa.

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Comida remédio

A seção de pães do supermercado está enriquecida com produtos turbinados de uma dezena de grãos a ferro e cálcio. Já temos diversos alimentos desses tipos sendo comercializados e consumidos. O próximo passo seria adicionar medicamentos à esses produtos. O projeto – visto por alguns como polêmico – foi pensado pelo Instituto para o Futuro, organização com base no Vale do Silício. Ansiedade seria um dos distúrbios tratados dessa maneira. A tecnologia ainda não está totalmente disponível, mas já existem iogurtes acrescidos com bactérias que auxiliam no bom funcionamento do intestino, por exemplo, que fazem esse papel duplo de comida e remédio.

Fonte: Exame

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By | 2020-07-24T10:09:51-03:00 30 março, 2011|Categories: Mercado|Tags: , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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