6 tendências para o varejo na América Latina

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Nielsen relaciona movimentos importantes que podem fazer a diferença para o setor nos próximos anos

De todos os setores, o varejo é um dos mais particulares. E isso é em todo o mundo. Em qualquer lugar, o comportamento do consumidor impera. Quando olhamos para a América Latina, é possível, contudo, enxergar similaridades. Por isso, a Nielsen, com base em suas diversas pesquisas, relacionou movimentos e insights que vão mudar o modo como o varejo se comporta neste território. Confira:

1. Shopper Marketing

O mais importante neste ponto é entender o shopper e compreender que todos são diferentes. Hoje em dia, é fundamental considerar a geração a qual pertencem os shoppers para definir as diferentes estratégias. A geração com maior crescimento é a dos Boomers (50-64 anos), que representam o consumo de 40% dos PGC (produto de grande consumo), são os grandes tomadores de decisões de compra e representam a parcela da população com maior poder aquisitivo. Para eles, a qualidade X o preço é o principal driver de compra e seus hábitos se concentram em produtos especializados.

Contudo, os Millennials (Geração Y) são os que detêm o maior poder econômico e que ditam as regras em termos de consumo global, pois, estima-se, em 2018, eles representarão a metade do consumo global. É a geração que hoje tem a maior representatividade na população e está mudando as regras do jogo e das estratégias de mercado, movendo-as para uma era mais moderna, digital e dinâmica. É importante ter em mente que a melhor idade para gerar maior conexão e fidelidade com uma marca é entre os 18 e 34 anos.

2. Fidelização do Shopper

Segundo a Nielsen, 82% dos shoppers asseguram que, provavelmente, escolheriam um varejista que lhes oferecesse um programa de fidelidade. Entretanto, quando falamos da América Latina, apenas 46% dos varejistas oferecem um programa. A maioria trabalha com a troca de pontos por dinheiro ou alguns optam por oferecer um diferencial com valor agregado, como cupons de descontos, evento, entre outros. Muitos mudam constantemente de varejista ao encontrarem uma melhor oferta de preços (42%), outros buscam produtos com melhor qualidade (28%), melhor serviço (18%), melhor sortimento (7%) e melhores características (3%).

3. Mix de Formatos

Na América Latina, há uma diferente e grande gama de formatos, mas todos são influenciados pela conveniência e comodidade. Países como Equador, República Dominicana e Peru são atualmente têm a maior concentração de canais tradicionais e onde o desenvolvimento do varejo não aconteceu tão rapidamente. O canal moderno teve seu desenvolvimento mais forte no Chile, Brasil, México, Argentina e Colômbia, onde os supermercados ganharam um importante espaço. Nesses países, o consumidor busca por comodidade e conveniência, o que também fortaleceu os supermercados pequenos.

As drogarias, ou farmácias, seguem sendo um canal com grande importância em países como Venezuela, Porto Rico e Chile – onde grandes players se instalaram, melhorando a frequência de compra, ticket médio e “share of wallet” (parcela do bolso). E graças a este mix de formatos, houve um aumento nas visitas aos supermercados (30%), hipermercados (27%), lojas de descontos/clubes de compra (15%), conveniência (14%) e online (8%).

4. E-commerce

O comércio eletrônico cresce mundialmente a uma taxa de 23%. E o mercado que mais acendeu no e-commerce, no último ano, foi a Ásia – Pacífico, seguida pela América Latina, que cresce a taxas de 21,5%, sendo o Brasil o país que mais impulsiona o crescimento, seguido pelo México. Segundo a Nielse, 9% dos compradores globais usam cupons virtuais e baixam os aplicativos dos varejistas para receberem informações e/ou promoções. Na América Latina, a média é de 10%, mas com possibilidades de crescer até 64%. Um mercado e tanto para investir.

5. Marcas Próprias

O desenvolvimento das marcas próprias nos países desenvolvidos é bastante alto e está focado, essencialmente, em um portfólio amplo de produtos e diversas faixas de preços. A marca própria representa, em nível global, 16,5% das vendas, de acordo com o Reporte Global Nielsen. A diferença, talvez, seja a percepção que os consumidores têm sobre a qualidade das marcas próprias na América Latina. De qualquer forma, a economia continua a ser o principal fator na escolha de uma marca própria, especialmente quando as famílias buscam reduzir seus custos (44% tem esta preferência).

Segundo a Nielsen, 81% dos consumidores preferem que a localização das marcas próprias seja ao lado das marcas comerciais, para assim encontrá-las mais facilmente. Os consumidores comprariam mais dessas marcas se houvesse maior variedade na oferta (71%) e 34% consideram que há uma excelente relação entre preço e qualidade. Ter essa opção nas gôndolas pode aumentar as margens e a rentabilidade.

6. Saudáveis

Segundo a consultoria, 51% dos entrevistados consideram que estão acima do peso e 70% dos mesmos estão realizando algum tipo de dieta ou exercício físico para diminuí-lo. Esta é uma das razões pela qual a cesta de Saudáveis, ou Alimentos e Bebidas que têm benefícios funcionais ou representam um consumo mais light, cresce cada dia mais regionalmente. Para quem está em busca de um mercado em potencial, este pode ser um deles.

Por: No Varejo

By | 2017-05-27T07:06:17-03:00 22 janeiro, 2016|Categories: Comportamento do consumidor, Consumo, Estratégia, Mercado, Pesquisas, Varejo|Tags: , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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