73% dos brasileiros estão mais exigentes com limpeza da casa desde o início da pandemia

Pesquisa revela também que 40% da população passou a fazer uma limpeza da casa mais pesada duas vezes na semana, destacando a relevância da higiene do lar

Os últimos dois anos vieram acompanhados de grandes transformações no cenário do Brasil e do mundo e, com isso, as pessoas foram obrigadas a repensarem suas rotinas e formas de lidar com a limpeza da casa.

Desde então, a importância da higiene e limpeza do lar ficou ainda mais clara para todos: 73% dos entrevistados passaram a optar por uma limpeza mais pesada e com maior frequência frente ao que tinham antes da pandemia. É o que aponta a pesquisa Hábitos de limpeza do brasileiro: antes e durante a pandemia, desenvolvida pela Kimberly-Clark, por meio de sua marca Scott Duramax, em parceria com a consultoria Grimpa.

Limpeza da casa é traço cultural

Com o levantamento, que entrevistou 1.013 pessoas no país, o estudo buscou compreender as percepções e motivações dos indivíduos em relação aos hábitos de limpeza, entendendo também seu comportamento ao realizar essa tarefa.

A pesquisa vem no momento em que a importância da higiene da casa ganhou ainda mais espaço, reforçando como essa tarefa é essencial para a manutenção e higienização do lar. Antes da pandemia, a preocupação com o cuidado da casa já fazia parte da rotina das pessoas, sendo a higiene considerada até mesmo sendo um traço cultural da população, mas após esse momento, passando mais tempo em casa, a necessidade em fortalecer essa tarefa ganhou uma dimensão muito maior para 40% dos brasileiros, que passaram a realizar limpeza pesada duas vezes na semana.

Se por um lado 73% dos brasileiros fazem questão de uma limpeza mais detalhada, por outro, 70% esperam que a tecnologia em produtos e equipamentos facilitem cada vez mais nas tarefas de casa. Além disso, mais de um terço dos brasileiros compraram efetivamente algum tipo de utensílio durante a pandemia. Esses resultados expõem o desejo de uma população que busca manter a casa sempre limpa, mas sem deixar de lado a praticidade.

A economia de tempo também ganhou destaque para 45% dos brasileiros que buscam por rapidez ao adquirirem equipamentos que facilitam o processo de limpeza. “Essa pesquisa nos mostra como a população está enxergando e lidando com a higienização dos lares atualmente, em consequência de uma mudança na própria relação com a casa, e deixa mais do que claro que essas transformações vieram para ficar. Com novas necessidades, como ter um escritório em casa, e passando mais tempo dentro dela, as pessoas intensificaram certos cuidados que antes, talvez, não eram tão evidenciados’’, comenta Bruno Sparapani, gerente-executivo de marketing da Kimberly-Clark.

Além do aumento citado acima, houve um expressivo crescimento do uso de produtos complementares que garantem superfícies livres de vírus e bactérias, revelando uma população mais aberta para itens que somam à limpeza, podendo ser usados de maneira casada.

Indústria brasileira acompanha crescimento dos cuidados de limpeza com a casa

Se o brasileiro está mais empenhado com a limpeza da casa, o consumo de produtos para tal tarefa acompanhou essa prática, revelando um novo hábito de consumo.

Uma pesquisa da Euromonitor International revelou que o Brasil subiu uma posição no ranking global de consumo de produtos de limpeza em 2021, que atingiu um total de US$ 176, 269 bilhões, assumindo o quinto lugar, com total de vendas de mais de US$ 6 bilhões.

O crescimento de 8,4% foi o melhor desempenho do top 5 de países, no qual a Índia, que ocupava a quarta posição em 2020, deixou de figurar.

Os Estados Unidos, que detêm a liderança, são seguidos pela China, Japão e Alemanha. A previsão da Euromonitor é que em 2026 as vendas mundiais de produtos de limpeza atinjam US$ 193,218 bilhões, com elevação de 9,6% no período de 5 anos.

De acordo com a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, o setor de saneantes fechou 2022 com um crescimento de cerca de 2%, o que significa um novo recorde nos níveis de produção no país – o setor atingiu sua máxima histórica em 2019 e manteve a estabilidade em 2020 e 2021.

“Parte desse crescimento se deve ao constante fluxo de lançamentos e ao fato de a sociedade ter se conscientizado sobre a importância do uso de saneantes como ferramenta de saúde pública”, analisa o diretor-executivo da ABIPLA, Paulo Engler. A estabilidade mantida pelo setor durante o período mais crítico da pandemia permitiu que a indústria de produtos de limpeza continuasse a gerar postos de trabalho. Hoje, são mais de 92 mil empregos diretos gerados e saldo positivo no CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados nos últimos anos.

“Além da geração de vagas, é importante destacar a possibilidade de ascensão profissional que o setor possibilita. É uma indústria muito desenvolvida, com oportunidades em todos os níveis de trabalho”, diz, lembrando que, em 2021, o número de empregos do setor cresceu 2,6%.

Por: Miriam Bollini, Consumidor Moderno

By | 2023-03-18T20:08:25-03:00 06 março, 2023|Categories: Comportamento do consumidor|Tags: , , , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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