A pandemia do novo coronavírus vem mudando o comportamento dos consumidores em supermercados por todo o país. Após meses em isolmento, as pessoas estão estocando menos comida em casa.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Nielsen, em março, metade das famílias tinha produtos estocados para uma ou duas semanas. A outra metade comprava comida para até três semanas. Em abril, as pessoas começaram a armazenar menos e o número de lares que estocava comida por menos tempo subiu para 71%.
“Nós vimos que a partir do momento que o formato do isolamento foi prolongado e as pessoas vivendo mais tempo no isolamento, algumas preocupações vieram à tona. Primeiro, a preocupação econômica, mas uma preocupação muito forte também em relação à saúde”, afirmou Domenico Tremaroli Filho, diretor de atendimento aos clientes da Nielsen Brasil.
A Associação Brasileira de Atacadistas (ABAD) sentiu esse aumento nas vendas. O setor acumula até agosto uma alta de 3,3% no faturamento, isso na comparação com o mesmo período de 2019. E com mais gente comprando do pequeno varejo, o mercado de atacado também cresce.
“As pessoas encontraram os produtos necessários no mercado da vizinhança. Portanto, se no pós pandemia este movimento persistir, vai ser muito interessante. Porque o pequeno e médio varejo é gerador do primeiro emprego, de da renda das famílias”, avaliou Emerson Destro, presidente da ABAD.
A pesquisa também mostra que alguns produtos básicos não saíram dos carrinhos dos brasileiros. A farinha de trigo, açúcar e massa foram os que registraram os maiores aumentos de vendas. Até porque são itens que não exigem muita habilidade na cozinha, uma das atividades que mais cresceram durante a pandemia.
Por: CNN Brasil
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