Crianças do Brasil: sedentárias e menos conscientes

As futuras gerações brasileiras podem ser bastante sedentárias, despreocupadas com o meio ambiente e com a preservação dos recursos naturais e intolerantes em relação às diferenças e diversidades sociais, culturais e de opinião.

Esses preocupantes dados são os principais resultados da pesquisa Geração 5.0 – Os Novos Pilares da Infãncia, feita pelo canal de TV por assinatura Nickelodeon com crianças e pais do Brasil, Argentina, Chile, México, Colômbia, Venezuela e Peru.  O objetivo do panorama é traçar um perfil dos pensamentos e ideias das crianças desses países, bem como da criação e dos conceitos que seus pais vêm lhes transmitindo.

Entre os principais dados, o que chama bastante atenção é a adoção do comportamento sedentário em detrimento das atividades físicas. Se antes as escolas e as ruas eram palco das brincadeiras infantis, agora é a telinha do videogame e do computador que ganham a atenção dos pequenos.

Segundo o estudo, as crianças estão cada vez mais dentro de casa. Enquanto 75% delas afirmavam andar de bicicleta no ano de 2003, somente 41% dizem praticar a atividade hoje. Os meninos também estão abandonando os campinhos de futebol. Enquanto 50% afirma jogar bola de “verdade”, 87% preferem fazer o esporte pelo controle do videogame. Esses índices de sedentarismo são os mais altos da América Latina.

Além da queda na atividade física, as crianças do Brasil também são as que menos se preocupam com o meio ambiente, apesar de afirmarem que tem um interesse pelo tema. Enquanto no México, por exemplo, 84% afirmam ter hábitos que ajudem ao meio ambiente, no Brasil esse percentual é somente de 56%, ficando atrás de todos os demais países avaliados – a Venezuela tem 73%, a Colômbia e o Chile têm 70% cada e a Argentina tem 68%.

A maioria dos pais (84%) acha importante que as crianças desenvolvam sua criatividade por diferentes meios. Embora as mães ainda prefiram os métodos tradicionais de estímulo, como desenhos animados e programas infantis, 50% delas já acha que os jogos e ferramentas da internet servem como importantes canais nessa evolução.

Em relação a diversidade, os discurso dos pais e das crianças é o de que todos estão abertos para aceitar o diferente. Segundo a pesquisa, 96% das mães dizem que ensinam os filhos a respeitar, por exemplo, as deficiências físicas e mentais de outras pessoas. Apesar disso, são poucos os pequenos que tem contato direto com algum tipo de deficiência – somente 10%.

De acordo com os analistas dos dados, tal índice é preocupante, pois quando uma criança não tem contato próximo com algo diferente, ele pode desenvolver um comportamento de preconceito e violência, sobretudo na internet e nas redes sociais, onde os casos de cyberbulling vem se mostrando bastante frequentes.

Fonte: M&M on line

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By | 2017-05-24T14:11:21-03:00 17 fevereiro, 2011|Categories: Comportamento do consumidor|Tags: , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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