O ingresso no mercado de trabalho dos chamados millennials, geração que abrange os jovens de 18 a 30 anos de idade, e o envelhecimento da força de trabalho são as duas mudanças que mais tem afetado as estratégias de negócio das empresas. Por isso, aquelas mais adaptáveis às tendências da força de trabalho e que dão mais atenção às mudanças relativas ao ambiente de trabalho são as que obtêm alto desempenho.

Esta é a conclusão da pesquisa Workforce 2020, feita pela Oxford Economics e apoiada pela SAP. A pesquisa entrevistou 2,7 mil executivos e 2,8 mil funcionários para entender a correlação entre priorização dos investimentos na força de trabalho e resultados financeiros.

O estudo mostra que as empresas que mais crescem são as melhores quando se trata de atrair talentos de qualidade — 55% das empresas de alta performance disseram que estão satisfeitas com a qualidade dos candidatos recrutados para a maioria das posições. Em empresas de menor rendimento, esse índice cai para 46%. A falta de talentos nessas organizações impacta toda a estratégia do local de trabalho, revela o relatório.

Outra constatação é que as empresas com maior desempenho priorizam os problemas da força de trabalho em um nível muito mais alto do que aquelas que têm um desempenho menor, chegando até os níveis mais altos de gerência, os chamados C-levels. Além disso, os executivos das empresas que têm um alto crescimento são significativamente mais propensos a dizer que questões envolvendo a força de trabalho influenciam diretamente a estratégia nos níveis de presidência (64% contra 49% das companhias com menor performance).

Quase um quarto dos executivos das empresas de menor desempenho dizem que os problemas na força de trabalho ficam em segundo plano no planejamento de negócios atual e que vão permanecer assim pelos próximos três anos.

Recompensa pelo mérito

A Oxford Economics diz que meritocracia é muito utilizada por empresas de alto crescimento: 65% dessas empresas são mais direcionadas para o mérito do que para os cargos, contra menos da metade das que têm um desempenho baixo.

A pesquisa também aponta que mais da metade das empresas de alto desempenho dizem que oferecem programas de treinamento adicionais como um benefício para os colaboradores. Além disso, as empresas que têm um alto nível de crescimento são 16% mais inclinadas a programas de orientação do que nas empresas de baixo rendimento.

“Acredito na mudança através dos recursos humanos e uma gestão de talentos eficiente é um diferencial significativo no mercado”, afirma Celso Matoso, vice-presidente de vendas para soluções SuccessFactors da SAP.

Sobre a pesquisa

O estudo define “alto crescimento” para empresas que informaram um valor de vendas maior do que a média ou crescimento do lucro durante os três últimos anos. Dos 2,7 mil executivos entrevistados, 15% informaram um crescimento de vendas acima da média, e 32% informaram um crescimento abaixo da média.

Por: TI Inside