Mulher poupa para gastar, diz pesquisa

MAs brasileiras estão desenvolvendo alternativas para manter seus gastos. Em tempos de crise, elas não só poupam para ir às compras como também buscam formas de “economizar gastando”.

É o que revela uma pesquisa do instituto Data Popular feita no primeiro trimestre com 15 mil mulheres em todo o território nacional.

Quatro entre cada dez entrevistadas disseram que economizam para realizar um objetivo pessoal, como um curso no exterior, uma viagem ou -por que não?- uma cirurgia plástica.

Os 40% das entrevistadas que não têm um objetivo “apertam o cinto” para criar um fundo de reserva que as deixe mais seguras.

A pesquisa mostrou ainda que 16% delas só poupam para fazer compras à vista.

Projeções do Data Popular, feitas a partir da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios), do IBGE, indicam que, neste ano, as mulheres movimentarão R$ 738,3 bilhões.

Segundo Renato Meirelles, sócio do instituto, só neste ano as mulheres devem responder pela maior parte dos gastos com produtos de beleza e cuidados pessoais, um mercado que movimentará R$ 53,5 bilhões.

Somente 3% das entrevistadas disseram que poupam como investimento.

“Tenho poupança para viajar e para segurança pessoal”, diz a professora de dança Claudia Hirota.

Para compras acima de R$ 400, a professora usa o cartão de crédito e parcela em até três vezes, uma forma de manter o controle.

PARCELINHA

A pesquisa mostra também que, em vez de ser um vilão, o cartão de crédito se transformou em aliado. Ele está presente na bolsa de oito entre dez entrevistadas que, parcelando as compras ou não, conseguem manejar melhor o orçamento.

Um quinto das mulheres que usam cartão de crédito está cadastrado em programas de fidelidade para acumular pontos, que podem ser trocados por passagens aéreas ou produtos em redes varejistas conveniadas.

A executiva de uma empresa de tecnologia Adriana Freitas de Queiroz é uma delas. Usa o cartão de crédito para ter mais controle dos gastos e aproveita para poder acumular milhas.

Para Meirelles, do Data Popular, mais da metade das mulheres brasileiras, que fazem parte da nova classe média, usam o cartão como importante ferramenta de crédito e planejamento doméstico. “Na alta renda, ele é um meio para não precisar assinar o cheque e andar com dinheiro na bolsa”, diz.

OTIMISMO

Em relação à renda, as mulheres estão otimistas. Seis em cada dez entrevistadas acreditam que vão ganhar mais até 2013.

Só 3,6% delas acham que a situação vai piorar.

Hoje existem 65 milhões de mulheres no mercado de trabalho, sendo 20,5 milhões com carteira assinada (quase um terço). Há dez anos, elas eram 55 milhões, sendo 11,3 milhões registradas em carteira (20,6% do total).

Por: Folha Mercado

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About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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