O Brasil já é o líder da América Latina e Caribe em inovação tecnológica para pagamentos via aplicativos, segundo relatório do Centro de Inovação da Visa (CI). E se agora os dados já são positivos para o país, o cenário é ainda mais promissor para o futuro: até o fim de 2020, o número de usuários de smartphones aumentará em 30%, o que acarretará aumento de 7,2% nas transações por celular, que não envolvam dinheiro.
A praticidade em relação ao pagamento é de fato o que mais tem atraído os consumidores para este tipo de tecnologia, aponta Otávio Tranchesi, diretor do Chama, aplicativo de entrega de botijões de gás que, desde o início de abril, oferece a funcionalidade. “Dessa forma, você evita problemas como não ter o dinheiro na hora, não ter troco ou a maquininha do cartão não funcionar. E, claro, a segurança do cartão também estar em uma interface de confiança, evitar clonagem, por exemplo, na hora que passa. A gente nunca sabe. A praticidade do pagamento direto do aplicativo é um grande benefício”, comentou.
O brasileiro já é o quarto maior consumidor de aplicativos do mundo: usamos cerca de dez deles por dia. E grande parte para compras. Pesquisa do Instituto Qualibest realizada no país no ano passado aponta que 81% dos internautas já encomendaram ou contrataram algum tipo de serviço/ produto através de aplicativos (app) ou sites, utilizando um smartphone.
Tranchesi enfatizou que o consumidor brasileiro já confia nesse tipo de pagamento. Ainda de acordo com o levantamento, entre os tipos de serviços mais utilizados pelos brasileiros via aplicativos estão: delivery de refeições, de mobilidade e entrega de gás.
O fotógrafo Douglas Shineidr, de 35 anos, é um usuário frequente destas ferramentas e aponta o pagamento via aplicativo como uma forma prática também de organizar as finanças. Para ele, o uso do celular na hora de comprar ou contratar estes produtos ou serviços ainda agiliza o seu dia. “Isso evita que eu perca tempo esperando para ser atendido pelo telefone e me permite ter maior controle nos gastos do cartão de crédito, já que as transações ficam registradas direto no app”, afirmou.
Cerca de 3% dos usuários globais são representados pelos brasileiros na compra feita na palma da mão e o potencial é ainda muito maior para se expandir. Não por acaso, gigantes financeiras, fabricantes de celulares e grupos de tecnologia, como a própria Visa, Cielo, Samsung, entre outras, estão investindo em pagamentos, assim como as startups presentes no mercado nacional, que têm ampliado esse tipo de serviço.
O mercado deve ficar atento às inovações, já que as perspectivas são otimistas: o documento divulgado pela Visa também revela ainda que consumidores latino-americanos que recorrem aos aplicativos gastam 48 vezes mais do que a média internacional e hoje metade de todas as transações de comércio eletrônico entre os 20 países da América Latina vêm do maior deles, o Brasil.
Ainda não há estimativas brasileiras sobre o faturamento por este meio, mas, de acordo com o relatório “Webshoppers”, da Ebit, empresa que divulga pesquisas e insights sobre o consumo na internet, estima-se que o e-commerce cresceu 12% no faturamento brasileiro, rendendo ao todo R$ 53,5 bilhões (sem contar o mercado de revenda e usados em geral).
Hoje, no país, conforme a análise do Qualibest, o valor gasto em média pelo brasileiro na compra de uma refeição no IFood, por exemplo, é de R$ 38,00. O app é o mais popular e com mais usuários ativos no setor de delivery. A maior frequência de uso dos aplicativos se dá nos finais de semana e feriados.
Fonte: E-commerce Brasil
Por: Mercado & Consumo
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