Realizada pela Meca e Talk Inc, a pesquisa aponta que para 32% das pessoas as marcas/empresas poderiam estar fazendo algo por elas durante a pandemia
Com o objetivo de entender como os brasileiros estão se sentindo e se adaptando em meio a pandemia do novo coronavírus, a Meca, plataforma criativa, e a Talk Inc, empresa de pesquisa, se uniram pela primeira vez para realizar o estudo “Um retrato do hoje. Um pensar para o amanhã”. Um dos destaques da pesquisa foi que para 32% das pessoas as marcas/empresas poderiam estar fazendo algo por elas durante a pandemia. Segundo Maíra Miranda, CCO da Meca, “a pesquisa confirma uma grande expectativa por parte das pessoas em relação à atuação de marcas e empresas. Elas realmente acreditam no poder e na responsabilidade que a iniciativa privada tem em ajudar o indivíduo e a sociedade”.
A pesquisa foi dividida em duas etapas. Uma qualitativa realizada com mais de 500 pessoas da comunidade Meca, por meio de um questionário online, e outra quantitativa com 1.064 pessoas de 18 a 65 anos, das classes ABCD, de todas as regiões do Brasil, também por meio de um questionário online.
O estudo ainda aponta que no momento em que estamos vivendo, o fator humano fica ainda mais evidente na relação com as marcas. Se destacam empresas que mostram rapidez na adaptação para o trabalho remoto e criam soluções humanas para não demitir funcionários nesse período; que compartilham conteúdos; que trabalham em ações para diminuir os custos financeiros ao consumidor final e tirem um pouco foco da lucratividade; e aquelas com ações efetivas para o combate à Covid-19.
De acordo com Carla Mayumi, sócia da Talk Inc, a Covid-19 acaba sendo um divisor de águas que muda definitivamente o papel das marcas e sua comunicação. “A linha que separava o marketing tradicional da responsabilidade social pode se diluir e tudo virar uma coisa só. Esse movimento tem a ver com a busca pelo real propósito das marcas, do qual tanto se tem falado”, reforça.
Entre as marcas percebidas como atuantes pela população da comunidade Meca, se destacaram Ambev, Magazine Luiza, Heineken, Itaú, iFood, Fiat, Nubank, Granado e Stella Artois. “Estamos sendo jogados em direção ao futuro, todos juntos, e o resultado final disso tudo será elaborado dia após dia pelas pessoas. Mais do que nunca as marcas precisarão estar muito próximas das pessoas, buscando entender o que elas estão pensando, necessitando e desejando”, enfatiza Carla.
Além de reforçar esse papel das marcas no apoio à sociedade e no combate à pandemia, os brasileiros também acreditam no papel dos próprios indivíduos para alcançar esses objetivos. De acordo com o levantamento, 15% das pessoas usam suas habilidades para criar ou participar de projetos sociais ligados às necessidades da Covid-19, 10% gostariam de estar com projetos sociais ligado aos desafios do momento e 14% ajudam com doações.
Mudanças de comportamento
Outro dado levantado pelo estudo é que os brasileiros estão preocupados com a sua saúde financeira. Entre os profissionais informais/liberais da comunidade Meca, 85% já sofreram impactos negativos em suas rendas. No recorte do País, 48% tiveram suas rendas afetadas, número que aumenta para 72% entre as famílias de baixa renda; já entre trabalhadores informais 78% foram afetados no Brasil.
De certa forma, essa preocupação com a vida financeira, levou a uma mudança de comportamento: cerca de 90% dos participantes da comunidade Meca mudaram hábitos de consumo e estão consumindo menos (principalmente moda, bebida alcoólica e lazer), seja por redução de gastos, apoio a comerciantes locais ou pelo isolamento social.
Outra mudança de comportamento foi em relação às atividades diárias para conter a ansiedade em meio ao isolamento social. “A recorrência de menções relativas à saúde mental e emocional como uma das grandes preocupações foi algo que nos surpreendeu”, revela Maíra. Segundo a pesquisa, 29% dos respondentes da comunidade Meca, afirmaram que o principal desafio no momento é manter a saúde emocional em equilíbrio.
Para isso, 17% diminuíram o consumo de notícias, como forma de controlar os sentimentos negativos, 53% viram no ato de cozinhar uma forma de viver no isolamento e 37% nas videochamadas com amigos. Outras atividades citadas pelos respondentes foram: assistir filmes/séries (76%), ouvir música e arrumar a casa(64%), ler (56%), fazer exercícios (49%) e estudar (35%).
“Esse isolamento, ou pausa, como alguns chamaram o momento, faz com que as pessoas se reconectem consigo mesmas. A importância disso tudo é que a transformação partindo de dentro, das pessoas, vai afetar todo o funcionamento da sociedade”, finaliza, a sócia da Talk Inc.
Por: Meio & Mensagem
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