Estudo revela popularidade do celular entre jovens da periferia

Segundo o Estudo Serasa Experian do Setor de Telefonia, esse grupo, que representa 20,9% da população brasileira e inclui os segmentos sociais Jovens Trabalhadores de Baixa Renda, Jovens na Informalidade, Trabalhadores de Baixa Qualificação, Excluídos do Sistema, Estudantes da Periferia e Famílias Assistidas da Periferia, correspondeu a 19,8% das vendas realizadas pelas empresas de telefonia móvel e 25,5% das de fixa, de acordo com a tabela abaixo.

“A crescente formalização do mercado de trabalho nos últimos anos no Brasil tem beneficiado a população de baixa renda, principalmente os jovens. Estes, além de terem maior estabilidade no emprego pelas regras do mercado formal de trabalho, passam a contar com um comprovante oficial de renda, o que estimula e facilita o acesso desta camada da sociedade em mercados específicos como o de crédito, telefonia, etc. Além do aspecto de inclusão, destacaria também o crescimento da popularidade dos aparelhos de celular entre os jovens”, afirma Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian e Experian América Latina.

Veja no quadro abaixo, o crescimento do consumo em Telecom distribuído por grupo:

Os grupos sociais deste estudo são uma classificação do Mosaic Brasil, metodologia de segmentação da sociedade que leva em conta não só a renda, mas também outros critérios, como educação, geografia, demografia, padrões comportamentais e estilo de vida com o objetivo de entender melhor o mercado, a sociedade. A aplicação da metodologia Mosaic chegou a 10 grupos sociais e 39 segmentos.

Outros grupos sociais

Outro grupo social de destaque no estudo inédito da Serasa Experian foi o dos Aspirantes Sociais, que inclui os segmentos Profissionais em Ascensão Social, Boa Vida no Interior, Jovens em Busca de Oportunidades e Consumidores Indisciplinados. Eles correspondem a 9,7% da população brasileira e representam 18,9% das consultas da telefonia móvel e 16,5% da fixa.

No outro extremo, o grupo Envelhecendo no Interior, que reúne Aposentadorias Rurais do Nordeste, Famílias Assistidas do Interior e Idosos do Agreste, foi responsável por cerca de 2% das consultas de CPFs tanto na telefonia fixa quanto na móvel. O grupo equivale a 9,2% da sociedade brasileira.

Inadimplência

Para o estudo especial de consumo de serviços de telefonia, a Serasa Experian acompanhou a inadimplência dos CPFs que compraram telefones ao longo dos 12 meses subsequentes, ou seja, entre outubro de 2010 e setembro de 2011.

Verificou-se que 7,6% dos CPFs consultados pelas empresas de telefonia fixa se tornaram inadimplentes com estas prestadoras de serviço. No caso da móvel, 8,7% dos CPFs registraram inadimplemento nos 12 meses após o período de consulta.

Na segmentação por grupo social, a Periferia Jovem também registrou a maior participação no total da inadimplência, tanto nas empresas de telefonia fixa quanto móvel: 28,4% e 24,4%, respectivamente.

Para Ricardo Loureiro, “o jovem é novo não somente no crédito e consumo, mas também na sua relação com o dinheiro. A inexperiência justifica a importância do tema educação financeira. Além da pouca experiência em administrar seu orçamento, somadas compras financiadas, esse consumidor simultaneamente agrega novos hábitos de consumo em seus gastos, como celular, smartphone, TV a cabo, internet, etc.”

Fonte: B2B Magazine

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By | 2020-11-04T14:51:11-03:00 05 fevereiro, 2012|Categories: Pesquisas|Tags: , , , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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