Indicador caiu 14% em março, no confronto anual; dois índices da pesquisa, porém, apresentaram melhora: emprego atual e perspectiva profissional.
A intenção de consumo das famílias que vivem na cidade de São Paulo chegou a 105,7 pontos em março, uma queda de 2,3% em relação a fevereiro e de 14% sobre março do ano passado. É o pior resultado do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculado pela Fecomercio-SP desde agosto de 2009.
A entidade atribui o movimento ao atual cenário socioeconômico de baixo crescimento, associado à pressão inflacionária sobre os alimentos, à crise hídrica, aos reajustes nos transportes, na energia elétrica e na gasolina.
Entre os componentes do ICF, três atingiram o menor valor da série histórica e estão na zona de insatisfação (abaixo dos cem pontos).
- Nível de consumo atual: 77,1 pontos (-9,7%);
- Perspectiva de consumo: 91,2 pontos (-3,5%);
- Momento para duráveis: 82,3 pontos (-0,6%).
Os juros elevados dos financiamentos provocam sensação de inoportunidade para aquisição de eletrodomésticos e eletrônicos. Ainda na comparação mensal, os itens Acesso ao crédito (-0,6%) e Renda atual (-7,5%) seguiram a tendência de queda.
Alguns componentes do levantamento apresentaram melhora:
- Emprego atual: +3%;
- Perspectiva profissional: +1,1%.
Renda – A intenção de consumo das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou queda de 1,7% na comparação mensal, para 103,6 pontos. Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos foram as que mais sentiram as perspectivas econômicas desfavoráveis, recuo de 4,3% (106,3 pontos).
A ICF é apurada mensalmente pela a partir de dados coletados junto a 2,2 mil consumidores no município de São Paulo.
Por: Cidade Biz
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