Estudos destacam que a data será mais proveitosa do que no ano anterior
Pelo segundo ano consecutivo, os namorados serão prejudicados pela pandemia. O Dia dos Namorados, tão esperado pelo varejo, viverá mais um ano com as pessoas isoladas em casa, mas nem por isso o balanço será tão negativo como o que ocorreu em 2020.
De acordo com o Pulso do Dia dos Namorados, pesquisa realizada pela Score e Hibou, os resultados esperados para 2021 são promissores. Ainda assim, a maioria das pessoas não pretende ir às lojas físicas para fazer as compras destinadas à data, o que implica que o varejo eletrônico será movimentado.
“Aparentemente grande parte das pessoas estão optando por manter o distanciamento e irão celebrar a data em casa. É uma oportunidade das marcas pensarem em experiências diferentes para os consumidores, desde a compra até o ato da entrega. Criatividade e inovação nas entregas se tornaram os assets mais importantes nos últimos tempos, quando a marca propõe isso, indo além da proposta do produto, faz toda a diferença”, comenta Albano Neto, VP de estratégia da Score.
O comportamento do consumidor para o Dia dos Namorados
Segundo o Pulso do Dia dos Namorados, mais da metade (52,7%) dos casais passará a data em casa, com um jantar à dois. Isso inclui tanto o preparo de uma refeição quanto pedidos por delivery. A pesquisa destaca que apenas 4,6% dos entrevistados pretendem sair para jantar e uma porcentagem mais alta, de 39,1%, ainda não haviam decidido até a finalização da pesquisa.
O comportamento é bastante semelhante ao que ocorreu no Dia das Mães, no qual boa parte das pessoas realizou as compras pela internet e passou a data dentro de casa. Para o Dia dos Namorados, o estudo mostra que 36,9% dos casais comprarão os presentes pelo e-commerce e apenas 21% destacaram que comprarão na loja física.
Para Wagner Pereira, líder de varejo da consultoria internacional BIP, boa parte das compras seguirá pelo e-commerce, mas de forma mais incisiva do que foi em 2020. “Esperamos um crescimento do consumo na data em relação a 2020, principalmente no varejo eletrônico, o qual deve novamente mostrar um grande crescimento em relação ao ano passado”, destaca o especialista.
A pesquisa mostra, ainda, que 8,1% dos casais transformarão o presente em uma experiência fora de casa, que se configura em um jantar ou viagem. 2,6% farão o chamado “Pick-up”, encomendar por meio online e retirar no meio físico. 37,6% não presentearão a pessoa com quem se relacionam na data.
Ainda que os resultados apresentem uma porcentagem elevada para o varejo eletrônico, Wagner destaca que ele não superará o varejo físico. “O e-commerce deve novamente crescer de forma acelerada comparando com as vendas digitais do ano passado. Em 2020, a data do dia dos namorados movimentou 4,1 bilhões de reais em vendas no e-commerce. Esse ano as vendas devem ultrapassar os 5 bilhões de reais, mas ainda não é suficiente para ultrapassar as vendas no varejo físico. Em 2020 o e-commerce fechou com uma participação de 10% no varejo total. Esse percentual obviamente deve subir mas não o suficiente para ultrapassar as vendas no varejo físico”, explica.
Canais de consumo
O Pulso do Dia dos Namorados também destaca quais são os canais de venda usados pelos consumidores para a data. Ao todo, 35.8% das pessoas farão a compra por meio de sites de redes de varejo 100% digitais; 33,8% o farão no site da marca de escolha e 23,8% em portais.
Já com relação ao item de compra, a pesquisa aponta que 47,3% investirão em vestuário, 40,5% comprarão perfumes, 37,3% comprarão viagens, 34,9% invesrtirão em joalheria e 31,2% pretendem comprar calçados.
“Bens de consumo se destacam nas opções de presente. Viajar ficou em terceiro lugar e o segmento de alimentação e bebida aparecem pouco. A pesquisa também apontou que as pessoas irão buscar pelo melhor preço e por itens que não precisem ser trocados, e quando perguntamos sobre valor, 42% pretendem gastar até R$100,00 no presente.” completa Ligia Mello, da Hibou.
O que será prioridade?
Segundo estudo realizado pela Adcolony, as preferências são principalmente voltadas para o preço. 80% dos entrevistados afirmam que o preço é o principal critério a ser considerado, seguidos pela experiência de compra (55%), conveniência (40%), segurança (33%) e melhor escolha (25%).
E o meio para aqueles que pretendem comprar online é, sem dúvidas, o smartphone: 67% dos consumidores destacam que ele é o instrumento mais utilizado para a aquisição dos itens, seguido por um pouco de cada aparelho tecnológico (celular e computador) (15%).
João Sarmento, Business Development Manager da Adsmovil no Brasil, explica que a data incentiva as empresas a modernizarem ainda mais o comércio digital. “Vale ressaltar que as empresas estão realizando ações com cupons de desconto para incentivar o consumo por meio das suas plataformas de vendas. Com a mudança de costume dos brasileiros, as companhias devem entender e investir cada vez mais no meio digital, para adaptar-se ao público que tenha essa experiência”, completa.
Um dado importante a ser destacado, previsto na pesquisa da All IN, Social Miner e Opinion Box, é que 37% dos jovens entre 16 e 29 anos recorrerão ao Instagram para presentear seus parceiros.
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