Segundo Gerson Gantzel, não há segredo: “países e empresas com maior riqueza são justamente aqueles que detêm as melhores e maiores marcas do mundo”
Fonte: HSM On line
Há milhares de anos, o ser humano se pergunta sobre qual ou quais seriam os fatores que determinariam o sucesso, o poder, a riqueza de nações, empresas e pessoas. Além de provavelmente não existir uma resposta única ou uma “fórmula do bolo”, o poder tem sido controlado de diferentes formas ao longo do tempo e da evolução.
Ao longo de nossa história, assistimos a períodos em que o poder era concentrado por países que detinham: os melhores e maiores exércitos (período em que reinaram os gregos, persas, romanos e tantos outros povos), os melhores armamentos (uso de elefantes e tanques de guerra), as maiores colônias (espanhóis, portugueses, ingleses etc) e maior quantidade de metais (metalismo).
Mais recentemente, o poder pertenceu aos países e empresas com maior industrialização, fenômeno que já não justifica ou explica o maior poder ou riqueza. Nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, a composição do PIB envolve 78% de serviços, 21% de indústria e apenas 1% de agropecuária. No Brasil, a composição do PIB apresenta serviços com 65%, indústria com 29% e agropecuária com 6%.
O que salta aos olhos é que os países e empresas mais ricos são justamente aqueles que detêm as melhores e maiores marcas do mundo. O imenso e inédito poderio norte-americano facilmente comprova essa tese na medida em que mais da metade das maiores marcas do mundo são daquele país. Também há uma correlação direta entre a riqueza dos países e de suas marcas.
O valor da marca tem uma relação direta com o desempenho e com a percepção que as pessoas têm sobre as empresas. Reestruturada, a IBM só faz seu valor de marca crescer, fenômeno similar ao verificado com o Google e outras novas empresas, cujas marcas chegam a valorizar incríveis 40% ao ano.
E enquanto todos os maiores países do mundo por PIB são os detentores das maiores marcas, o Brasil ainda possui empresas com atuação restrita ao continente sul americano ou marcas que não são conhecidas em todo o mundo. E não há nenhuma marca brasileira entre as 200 mais valiosas do mundo, fenômeno que ainda não está em vias de mudar na medida em que, por exemplo, registramos apenas 600 patentes ao ano – contra 10.000 nos Estados Unidos.
A boa notícia é que começamos a criar marcas conhecidas em todo o mundo, tentando nos aproximar das fenomenais Coreia do Sul (Hyunday, LG, Samsung, ASIA etc), Espanha (Telefônica, Santander, Zara etc) e outras pinups no mundo das marcas. O ranking das marcas nacionais demonstra o quanto ainda há que se fazer para sua valorização.
Comprovada a relação direta entre a riqueza das nações e de empresas com o valor de suas marcas, não se pode deixar de lado o mesmo conceito aplicado à vida das pessoas. E, efetivamente, nosso nome (marca pessoal) pode e deve usar os mesmos princípios de construção de marcas utilizados por empresas. Afinal, alguém já viu Einstein ou Bill Gates serem chamados, respectivamente, de Einsteinzinho e Billzinho?
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