A construção da audiência da Netflix

Além da distribuição de filmes e séries em escala, a empresa desponta como proprietária de produções audiovisuais populares e conta com mais de 204 milhões de assinaturas.

Desde que chegou ao mercado nacional, a Netflix teve rápida ascensão conquistando seu império no Brasil. O brasileiro tem a característica de aceitar muito bem novas tecnologias, especialmente as vindas do mercado norte-americano. Foi certamente um desafio, mas ainda assim um dos segmentos mais fáceis para a gigante. Em três meses de operação, somava 309 mil assinantes. Em 2012, chegou a 900 mil e, no ano seguinte registrou um salto alcançando 1,9 milhões.

Enquanto o serviço registra forte crescimento, as empresas de TV por assinatura amargam queda no número de clientes. A estratégia está baseada no tripé de UX no digital: conteúdo, segmentação e análise de dados, tática já utilizada por outras marcas. As operadoras e os grandes grupos da TV “tradicional” precisaram correr atrás e lançar suas próprias versões de serviço on demand, nada que até então abalasse o monopólio da empresa por aqui.

A Amazon Prime, considerada sua principal concorrente, está em expansão no mercado nacional, unificando comércio eletrônico e vídeo por uma única mensalidade. Outra grande promessa é a chegada da Disney +. Dona da Marvel, da Pixar e com um catálogo recheado de produtos com capacidade para atrair consumidores de todas as idades, a novidade vai balançar o mercado e demandar, especialmente da Netflix, uma outra visão e novas estratégias.

O nível de concorrência no mercado de streaming segue aumentando, principalmente com o isolamento social, quando as filas de cinema migraram para a internet e encontraram ali um terreno fértil. De acordo com dados do Infobase, os maiores concorrentes globais da Netflix são Amazon Prime Video (mais de 150 milhões de assinantes), Disney Plus (mais de 94 milhões de assinantes), Hulu (cerca de 40 milhões de assinantes) e HBO Max (mais de 17 milhões de assinantes).

Para se distanciar ainda mais dos concorrentes, a Netflix aposta em produções originais: séries e filmes encomendados e distribuídos pela empresa, mas produzidos por estúdios e produtoras diferentes. Isso permite que o serviço de streaming amplie o leque de conteúdo regional, fortalecendo-se em cada país. Até mesmo o formato novela vem sendo investido pela companhia: a série brasileira “Coisa Mais Linda” poderia ser tida como uma novela premium e abre novas perspectivas para que o modelo entre na grade de produtos.

Por: Mundo do Marketing

By | 2021-04-07T14:55:35-03:00 10 abril, 2021|Categories: Marca|Tags: , , , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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