Na contramão da economia brasileira, que apresenta ritmo mais lento, o investimento no mercado de luxo encontra cada vez mais opções para atrair os novos ricos. A expansão territorial do varejo premium, que agora segue para o Sul e Centro-Oeste, e a segmentação, como a de roteiros exóticos no turismo para a classe A, são alguns dos segmentos de expansão na casa dos 14% este ano.

Os aportes da agência Be Happy têm mostrado bom retorno desde 2007, por exemplo. Nessa época a empresa passou a explorar o segmento dos mais ricos com foco em lua de mel de luxo. A fundadora da empresa, Jacqueline Dallal Mikahil, afirmou ao DCI que ao focar nesse segmento a operação praticamente triplicou o faturamento.

“Como fechamos destinos em que o tíquete médio é de R$ 16 mil , conseguimos dobrar de tamanho a cada ano”, disse a executiva. Já Carolina Peez preferiu trocar sua participação no negócio de luxo da Teresa Perez Tours por investimento na travelweek , uma feira de negócios voltada ao segmento de luxo e que nesta semana chega ao Rio de Janeiro. Em São Paulo ela acontece há três anos e, segundo Carolina, vem crescendo 20% ao ano.

No varejo, a aposta no mercado de luxo está na expansão através do e-commerce e de lojas em novos shoppings. Grupos como a italiana Jäneke apostam em e-commerce, enquanto outras, como a tradicional Tiffany & Co., cresce com operações próprias. Hoje a empresa tem cinco lojas no País. “Quando chegamos ao Brasil, em 2001, o mercado ainda era promissor. Hoje é uma realidade”, diz a diretora-geral da Tiffany & Co. no Brasil, Luciana Marsicano.

Para o presidente da consultoria MCF, Carlos Ferreirinha, “o mercado já foi mais concentrado. Antes podíamos dizer que 75% a 80% era em São Paulo”, lembra.

Fonte: DCI
Por: GS&MD