Estudo desenvolvido pela WMcCann revela fatores que são decisivos no momento da escolha da compra em uma das datas mais importantes do varejo nacional.

O relatório faz parte de um projeto que pretende entender não apenas do Dia das Mães, mas também outras datas significativas para o varejo, como Natal, Dia dos Pais, Dia dos Namorados e Dia das Crianças. O estudo “A verdade sobre a sua próxima promoção” tenta compreender os fatores que são decisivos na escolha de presentes nestas datas, servindo de guia para que as marcas criem estratégias mais assertivas. No Brasil foram ouvidas mil pessoas e a análise identificou que o brasileiro está entre os mais competitivos quando se investiga a motivação por trás do ato de presentear.

Todos os entrevistados afirmaram que a primeira motivação é fazer com que a sua mãe se destaque entre outras mulheres do grupo. O segundo maior motivador de compra, com 83,3% dos votos, é buscar superar o presente dado pelos irmãos e outros familiares. Na terceira colocação, com 64,4% está o objetivo de fazer a mãe se sentir importante, poderosa e especial. “O que se percebe é que sempre existe uma motivação mais ligada ao status. Uma delas é fazer com que a mãe seja percebida como mais interessante e moderna. O filho acaba se imbuindo desta necessidade de trazer para a mãe algo que a diferencie. É um tipo de retribuição, mas também tem o objetivo de destacá-la”, afirma Luana Azeredo, Gerente de Planejamento da WMcCann, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Marcas devem ser vetores da surpresa

A partir deste levantamento, a WMcCann pretende orientar empresas de todos os setores a se posicionarem e atingirem melhores resultados durante a data, uma das mais importantes do varejo nacional, principalmente quando se verifica que a questão do status pode ter mais peso que aspectos sentimentais na escolha do produto. “Ao dar um bom presente, o filho não está só mostrando que pode. Ele quer também se diferenciar dos irmãos, pois é uma competição dentro da própria família. Embora a maioria deles se inspire na própria mãe para escolher o que será comprado, há um percentual grande de mães que afirmam que eles não acertaram na escolha”, explica Luana.

Outra oportunidade está na criação de situações e experiências especiais. Para muitas mães, o presente em si não é o mais importante. Das mulheres que participaram do estudo, 24% trocariam o agrado por mais tempo com a família ou por pequenas supresas que as tirassem da rotina. Isso representa uma oportunidade para marcas que querem destaque na data. “As empresas podem aproveitar este gancho para propor atividades inovadoras ou surpreendentes. Elas devem pensar em ações de Marketing que as coloquem como um vetor de facilitação de surpresas e reconhecimento das mães para além do Dia das Mães”, complementa a Gerente de Planejamento da WMcCann.

E como 88% dos brasileiros deixam a compra para a última hora, de acordo com o estudo, as ações realizadas no ponto de venda ainda são as com maior poder de influência para o consumidor, segundo a pesquisa. “Outras pessoas além das mães também ganham presentes: sogras e esposas também costumam ser contempladas. Por isso a comunicação nos dias que antecedem a data é muito importante. E mesmo com as pesquisas online, o momento do consumidor na loja física ainda tem maior peso na decisão”, diz Luana Azeredo, em entrevista ao portal.

Faturamento da data será 15% maior que em 2012

O esforço para entender o consumidor e proporcionar ações adequadas é válido, pois apenas no comércio eletrônico o Dia das Mães deve movimentar R$ 1 bilhão, segundo expectativa do e-bit, um valor 15% maior que no ano passado. O e-commerce nacional espera por três milhões de pedidos neste período. Nas lojas físicas, as previsões também são otimistas. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) espera por um acréscimo em vendas de 9%. Como a maior parte dos brasileiros deixa a compra do presente para a última hora, esta semana é decisiva para que varejistas e marcas conquistem seus clientes.

Entre os itens mais cobiçados nesta época estão roupas e acessórios com 15% da preferência, aponta uma pesquisa da eCGlobal Solutions. Na segunda posição estão viagens, com 13%, seguidas por artigos eletrônicos, com 12%. Já nos levantamentos junto às lojas virtuais, as categorias mais desejadas mudam de posição. De acordo com a análise do portal Zoom, notebooks, smartphones e câmeras digitais são os produtos mais buscados para a data.

Outro levantamento, desta vez do portal Busca Descontos, coloca artigos de informática, celulares, eletrônicos, vestuário, calçados e eletrodomésticos nas cinco primeiras posições. As informações são obtidas a partir das buscas realizadas por cerca de 12 milhões de usuários cadastrados na plataforma que reúne mais de 40 lojas virtuais, entre elas algumas das principais redes do Brasil. “Ao presentear, se busca acrescentar à personalidade da mãe uma espécie de upgrade. Isso vai muito além de presentear com produtos que seriam úteis para o lar, por exemplo. Hoje vemos filhos presenteando com joias, viagens etc., pois isso tira a mãe daquela figura tradicional da dona do lar. Quando se começa a presentear com coisas capazes de gerar novas histórias, isso ganha um âmbito poderoso e uma excelente oportunidade para as marcas”, explica Thiago Nascimento, Diretor de Planejamento da NewStyle, em entrevista ao portal.

Roupas e calçados lideram lista de presentes para as mães, diz pesquisa

Mais um vez roupas e calçados lideram a lista de intenção de compra entre os consumidores para o Dia das Mães, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O levantamento ACSP/Ipsos ouviu mil entrevistados em todo o país, entre os dias 20 e 30 de abril. Do total de entrevistados, 52,7% responderam que pretendem comprar roupas e calçados para presente. O segundo presente mais citado pelos consumidores foi joias e perfumes (23,6%), seguido por eletrodomésticos (16,3%) e celulares (7,3%).

“Os dados da pesquisa evidenciam que no Dia das Mães o consumidor parece estar mais decidido a ir às compras, o que pode se traduzir em um bom resultado para o comércio nesta data”, comenta Rogério Amato, presidente da ACSP.

A associação estima um crescimento de 5% nas em comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento, as classes D/E são as mais propensas a comprar eletrodomésticos e celulares.

A pesquisa aponta que entre os entrevistados das classes D/E a intenção de compra de celulares é de 8,8%, enquanto que entre a classe C esse índice é de 5,4%. Entre os eletrodomésticos, enquanto que para o geral da população a intenção de compra de TVs é de 1,8%, nas classes D/E a intenção é de 5,9%.

Quanto à forma de pagamento, o pagamento à vista deve prevalecer como a opção preferida dos consumidores.

Por: GS&MD e Mundo do Marketing